
Na última terça-feira (4), o FitBank recebeu aval do Banco Central (BC) para operar como instituição de pagamento (IP) na modalidade emissor de moeda eletrônica. Com a autorização do BC, a fintech passa a disponibilizar seus serviços, sem a necessidade de intermediação de terceiros.
O FitBank poderá ofertar novas soluções de banking as a service (BaaS), como novas opções para Pix, conta para recebimento, além de emitir os seus próprios boletos. As operações para mercado de capitais também passam a contar com novas funcionalidades.
“Nossa autorização nos permitirá entrar em novos mercados, baratear nossas soluções e melhorar o nível de serviço que entregamos a nossos clientes pela independência tecnológica que ganhamos. Estamos com velocidade total para colocar no ar operações estáveis, confiáveis e baratas”, explica em nota Otavio Farah, CEO do FitBank.
Hoje, a fintech atende cerca de 100 empresas de 18 setores, incluindo bancos, fundos de investimento, varejistas, escritórios de contabilidade, postos de combustíveis e consultórios odontológicos. Por meio dos clientes, a tecnologia criada pelo FitBank consegue acessar mais de 30 milhões de pessoas. Por mês, a plataforma transaciona cerca de R$ 3 bilhões.
Em março, o FitBank levantou uma rodada de R$ 30 milhões, sendo R$ 10 milhões aportados pela CSU. O round contou também com a participação dos atuais acionistas, que assinaram um cheque de R$ 20 milhões. O valuation foi de R$ 280 milhões.
Com o aporte, a CSU se juntou ao J.P. Morgan no captable, que comprou uma fatia minoritária no negócio no ano passado. Além do banco americano, a fintech tem entre os investidores nomes como Marcelo Maisonnave, ex-XP e sócio-fundador da Warren, e Alejandro Vollbrechthausen, ex-CEO do Goldman Sachs no Brasil.
A fintech foi fundada em 2015 por Otavio Farah e Rener Menezes. Farah foi responsável por desenvolver soluções de pagamento da Repom, empresa de gestão de fretes comprada pela francesa Edenred em 2012. Já Menezes foi líder de tecnologia e sócio da WeFit, empresa que prestava serviços para a Repom.
(Victoria Roberta, com supervisão de Danylo Martins)