Mesmo diante da instabilidade econômica, a Investo, gestora brasileira especializada em ETFs, vem avançando de forma agressiva no setor. A empresa acaba de alcançar a marca de R$ 1 bilhão em patrimônio sob gestão, o dobro em relação a fevereiro deste ano e cinco vezes mais do que possuía em agosto do ano passado.
Gestada em julho de 2021 por Cauê Mançanares, Luiz Junior e Gabriel Lansac na Universidade de Harvard, uma das mais prestigiadas instituições de ensino superior dos Estados Unidos, a plataforma fechou 2022 com mais de 30 mil clientes, passou para 35 mil em fevereiro e agora já soma 45 mil usuários na base.
Para pisar o pé no acelerador, a empresa vem colocando cada vez mais fundos à disposição dos investidores. No total, são 17 ETFs listados na B3 — há menos de um ano eram 12. E a aposta ocorre em segmentos variados, como agronegócio, real estate e biotecnologia, passando por outros menos comuns, a exemplo de cripto, games e 5G.
“Essa carteira foi pensada para o investidor que deseja uma alocação diversificada e global, podendo investir em renda variável, renda fixa e ativos alternativos em âmbito nacional e internacional, de forma eficiente e com baixo custo. A variedade de produtos possibilita ao investidor alterar o peso das suas alocações conforme suas necessidades de liquidez e visão para a economia do Brasil e do mundo”, afirma Cauê Mançanares, CEO da Investo, em comunicado.
No portfólio, o principal fundo é o LFTS11, que acompanha a performance de títulos públicos pós-fixados atrelados à Selic e tem mais de 12 mil cotistas. “O momento do país está levando o brasileiro a buscar renda fixa”, disse Cauê, em entrevista ao Finsiders no início do ano, ao justificar a estratégia em meio ao patamar da taxa básica de juros em 13,75% ao ano.
O segundo é o WRLD11, que replica o ETF VT (Vanguard® Total World Stock), fundo listado na Bolsa de Nova York (Nyse) com empresas como Apple, Alphabet, Microsoft e Amazon. No WRLD11, são mais de 4 mil cotistas.
Além de produtos variados, a Investo também soube aproveitar o momento de bonança no venture capital para buscar funding. De saída, recebeu um seed money de R$ 15 milhões para o pontapé inicial da operação. No ano passado, fez uma nova rodada de R$ 40 milhões para escalar o negócio e lançar novos produtos.
No captable, estão nomes relevantes, como a renomada gestora norte-americana VanEck Associates Corporation. Segundo o CEO, a meta para o futuro é continuar facilitando o acesso de brasileiros a novos produtos, seja no país ou no exterior.
Leia também:
Com desafio de popularizar ETFs, Investo bate R$ 500 milhões sob gestão
Exclusivo: PicPay prepara terreno para avançar em investimentos
Fintechs avançam estratégias para facilitar acesso a investimentos