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A XP Inc. registrou um lucro líquido ajustado de R$ 1,034 bilhão no segundo trimestre, uma alta de 83% em relação ao mesmo período do ano passado. O relatório de resultados foi divulgado pela empresa nesta terça-feira (3).
No período, o volume de ativos sob custódia (AuC) ficou em R$ 817 bilhões, ante R$ 436 bilhões em igual intervalo de 2020, o que representa um incremento de 88% — na comparação com o trimestre anterior, o avanço foi de 14%.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 77% ano contra ano, passando de R$ 704 milhões entre abril e junho de 2020 para R$ 1,245 bilhão no mesmo intervalo deste ano. Ante o trimestre anterior, encerrado em março, a alta foi de 19%.
Já a receita bruta total ficou em R$ 3,2 bilhões, 57% maior do que o segundo trimestre de 2020. A receita líquida, por sua vez, ficou em R$ 3,018 bilhões, alta de 57% na análise anual e de 15% na comparação com os três primeiros meses do ano.
A instituição ultrapassou 3 milhões de clientes ativos, fechando junho com uma base de 3,14 milhões, número que corresponde a um crescimento de 33% ante o segundo trimestre do ano passado. Já na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a expansão foi de 5%.
Em média, por mês, a XP adicionou 49 mil novos clientes à base no segundo trimestre deste ano — o ritmo é menor em relação aos 72 mil novos clientes que a empresa agregava no trimestre anterior, por exemplo. A redução refletiu, principalmente, a ativação mais lenta na Clear, disse a XP.
A carteira de crédito encerrou o segundo trimestre em R$ 6,8 bilhões, um incremento de 43% sobre março. Já o volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) com o cartão de crédito — lançado oficialmente no primeiro trimestre — atingiu R$ 2,1 bilhões no período de abril a junho.
Além dos investimentos
O “big dream” da XP, já destacado no primeiro trimestre, é atender a toda jornada financeira dos brasileiros. O movimento já começou nos últimos anos e tem ganhado força este ano com investimentos do Banco XP, como a inclusão de novos produtos, como novas modalidades de crédito, conta digital, pagamentos, seguros e câmbio.
“Acreditamos que, com nossa proposta de valor 100% digital e de baixo custo, fortaleceremos o vínculo com nossos clientes, especialmente importante em um momento em que inovações como Pix e Open Banking trazem dinamismo para o setor e benefícios para os consumidores”, disse Thiago Maffra, CEO da XP, no release de resultados.
Em março, a instituição lançou oficialmente seu cartão de crédito. E não vai parar por aí. O plano é ampliar a oferta de serviços bancários, atendendo não apenas a pessoa física, mas também empresas de pequeno, médio e grande porte.
No segmento de empresas, no qual a XP tem dezenas de milhares de clientes que representam custódia de mais de R$ 50 bilhões, a instituição vem também fazendo investimentos para expandir o portfólio de soluções. “Combinando crédito, cash management, seguros e investimentos, seremos cada vez mais competitivos, explorando nossa distribuição capacidade de transformar o mercado corporativo, como fizemos para as pessoas físicas”, escreveu o executivo.
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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.
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