Grupo J. Safra faz aquisição para reforçar SafraPay
O Grupo J. Safra anunciou hoje a compra da empresa de tecnologia Saurus, especializada em automação comercial e pagamentos. O valor da transação não foi revelado. O objetivo é reforçar a operação da SafraPay, a adquirente do grupo.
Fundada há mais de dez anos, a Saurus tem mais de 10 mil clientes ativos e uma rede com mais de 300 software house parceiras, atuando na distribuição de suas soluções.
Em nota, o CEO da SafraPay, Pedro Coutinho, diz que a operação torna ainda mais próximos os serviços financeiros do varejo. “É como agregar a tecnologia ao dia a dia das empresas, com o objetivo de otimizar, automatizar e promover mais controle e eficiência para os processos, desde a operação até a frente de caixa”, afirmou.
Em outras palavras, com a aquisição, a credenciadora do Safra passa a entregar mais serviços de valor agregado aos seus clientes, permitindo o acesso a diversas soluções por meio de um só fornecedor, num modelo de ‘one-stop-shop’.
“A aquisição demonstra mais um movimento na direção de consolidar a SafraPay não só como uma empresa de adquirência, mas como uma empresa de tecnologia com a oferta de um ecossistema completo, multicanal com soluções para o varejo”, destacou Pedro.
Movimentos como o anunciado pelo Safra têm sido mais comuns e não é à toa. O mercado de pagamentos está cada vez mais competitivo, e as credenciadoras precisam se diferenciar, ampliando o portfólio de serviços para além de soluções de pagamento.
Cash.in levanta R$ 7 milhões em novo aporte
A Cash.In, plataforma de pagamento de prêmios digitais, informou que recebeu uma rodada de investimentos de R$ 7 milhões, liderada pela gestora Bertha Capital, que já investia no negócio.
A captação teve a participação, ainda, da empresa de tecnologia Thales e da WE Impact — Venture Builder dedicada ao empreendedorismo feminino em tecnologia –, além do Fundo de Investimento em Participações das Indústrias do Polo Industrial de Manaus (FIP FIEAM).
O plano de levantar uma rodada já havia sido adiantado por Nain Gordon, cofundadora e Chief Product Officer (CPO) da startup, em entrevista exclusiva ao Finsiders, em setembro.
Fundada em 2018 por Nain e Luciana Ramos, a Cash.In possui cerca de 80 mil usuários e transacionou em sua plataforma R$ 60 milhões de janeiro a setembro deste ano — em 2021 como um todo, o volume foi de R$ 25 milhões. Na lista de clientes estão grandes companhias como Ambev, Burger King, Coca-Cola, Nestlé, Fini e Grupo Arezzo.
Com o investimento, a Cash.In pretende otimizar a plataforma, lançar novas features e aumentar as equipes de tecnologia e comercial. “Estamos em pleno desenvolvimento de novos recursos de inteligência de dados estratégicos para nossos clientes corporativos, que serão lançados até o fim do ano”, informa Luciana, cofundadora e CEO, em nota. Em 2023, a empresa também prevê lançar uma versão em SaaS de olho em pequenas e médias empresas (PMEs).
Em nova fase, CIP muda de nome
Em um novo movimento para se posicionar como uma ‘tech company’, a CIP resolveu mudar de nome. A partir de hoje, a provedora de infraestrutura bancária e de pagamentos passa a se chamar Nuclea.
Em nota a empresa diz que a nova marca surge para ampliar o acesso à economia digital, entender diferentes mercados, transformar dados em informações e facilitar processos.
“A partir de hoje, a Nuclea atua como um ecossistema de soluções digitais inovadoras, centradas no ser humano, interconectando crescente e positivamente organizações e pessoas”, afirmou Joaquim Kiyoshi Kavakama, atual presidente da CIP, em nota.
A mudança de nome ocorre menos de três meses depois do anúncio de André Daré como novo CEO, em substituição a Joaquim, que será consultor da companhia a partir de janeiro do ano que vem.
“A mudança de marca será um dos primeiros desafios que enfrentarei na gestão da Nuclea. Um importante movimento para o mercado brasileiro que deve trazer competitividade e soluções para os clientes que atendemos”, disse André, que assume o comando da empresa em janeiro.
Nos últimos dois anos, a CIP processou mais de 55,7 bilhões de operações, o que representou R$ 32 trilhões na economia brasileira. Em 2022, a empresa passou por um processo de desmutualização, deixando de ser uma associação sem fins lucrativos para se tornar uma S.A. de capital fechado. A companhia tem como acionistas 34 bancos.
Nos últimos meses, a agora Nuclea também vem se aproximando do ambiente de startups e fintechs. Criou um Corporate Venture Capital (CVC), que já investiu nas fintechs Klavi e BEE4.
Santander estreia em tokenização de debêntures
A Indigo, empresa de gestão de estacionamentos, concluiu hoje a primeira emissão de debêntures tokenizadas, no valor de R$ 40 milhões, em uma operação coordenada pelo Santander Brasil — que estreou nesse tipo de emissão — e pela Vórtx DTVM.
O banco foi, ainda, responsável pela aquisição dos 40 mil tokens disponibilizados no mercado de balcão organizado da Vórtx QR Tokenizadora, empresa regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no âmbito do sandbox regulatório – no qual estão sendo realizadas neste ano as primeiras emissões de valores mobiliários na forma de tokens, utilizando tecnologia blockchain.
“A emissão realizada pela Indigo tem uma relevância especial por ser nossa primeira operação tokenizada, mostra a agilidade que a tecnologia pode conferir no acesso ao mercado de capitais e comprova a capacidade do Santander de assimilar rapidamente novas tecnologias. Acreditamos que o uso de novas tecnologias tem potencial para desenvolver cada vez mais o mercado de renda fixa”, afirmou Sandro Marcondes, diretor de mercado de capitais do Santander Brasil, em nota.
Thiago Schober, head de novos negócios da Vórtx QR Tokenizadora, conta que “foram apenas 15 dias” para o processo todo ser concluído, do início à liquidação. “Com isso, reforçamos cada vez mais a velocidade que a tokenização está trazendo para as ofertas públicas de valores mobiliários”, disse.
Em operação desde julho, a tokenizadora já realizou quatro emissões, incluindo a anunciada hoje. No âmbito do sandbox, a empresa tem mandato para tokenizar ativos de 12 emissores.
Embedded finance: Rico passa a oferecer seguro de vida no app
A corretora Rico, marca da XP Inc., anunciou hoje que vai oferecer seguro de vida diretamente pelo aplicativo, com planos a partir de R$ 13 por mês e coberturas que variam de R$ 100 mil a R$ 300 mil.
A apólice, intermediada pela XP Seguros e Previdência, pode contemplar casos de falecimento; morte acidental; auxílio funeral do titular; e proteção em vida com cobertura no caso de invalidez permanente parcial ou total por acidente e conta, ainda, com assistência funeral inclusa em todas as contratações.
A oferta do seguro de vida é mais um movimento da empresa para ir além da fronteira de investimentos. Recentemente, a Rico lançou conta digital, cartão de débito e de crédito sem anuidade, sem taxas de abertura e manutenção, com ‘investback’ de até 1%, além de outros benefícios atrelados à bandeira Visa Infinite.
“O seguro de vida na Rico permite que o cliente contrate as coberturas de acordo com o seu momento de vida, inclusive, com vantagens e praticidades para proteger quem ele mais se importa. Tudo isso, em uma jornada digital, simples e intuitiva”, afirmou Roberto Teixeira, sócio e head da XP Seguros, em nota.
Outros bancos digitais, como Nubank, Neon e Mercado Pago, também incluíram seguro de vida e outras modalidades de proteção (auto e celular, por exemplo), para ampliar o portfólio, adicionar novas linhas de receita e também manter a recorrência do cliente em suas plataformas.
Potencial não falta. De acordo com dados de 2021 da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), aproximadamente 17% da população brasileira com mais de 18 anos tem alguma cobertura de seguro de vida.
*A seção Radar publica uma curadoria de notícias curtas e relevantes sobre aportes, operações de M&A, parcerias, lançamento de soluções, entre outras novidades que interessam ao mercado de fintechs.
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