Setor financeiro lidera aportes de PE e VC
Os aportes de fundos de Private Equity (PE) e Venture Capital (VC) em empresas brasileiras atingiram R$ 29,7 bilhões no terceiro trimestre, o que representa mais do que o dobro do apurado no mesmo intervalo de 2021, conforme pesquisa realizada da KPMG e da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP). No acumulado do ano, o investimento soma R$ 57,8 bilhões, o maior desde que a sondagem começou a ser feita em 2011.
De acordo com o levantamento, o setor financeiro foi o que concentrou o maior número de operações da indústria de PE e VC no período entre julho e setembro deste ano. Ao todo, o segmento respondeu por 22% do volume total aportado pelos fundos em companhias brasileiras. Na sequência, aparecem os setores de tecnologia e RH, com 17% e 13% respectivamente. Foram consideradas 75 transações que tiveram os valores divulgados.
No caso da compra de participação em startups por VC, o volume no terceiro trimestre foi de R$ 10,4 bilhões, a maior quantia no ano. Ainda assim, o resultado ficou 6% abaixo dos R$ 11,1 bilhões registrados no mesmo período de 2021.
Entre os setores com maior número de empresas investidas por VCs, 26% eram empresas de tecnologia ligadas aos setores financeiro e de seguros (fintechs e insurtechs), enquanto 16% foram destinados às retailtechs, startups do setor de varejo, e 11% para as healthtechs, companhias do setor de saúde.
Já os investimentos dos fundos de PE saltaram 777% no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2021. Ao todo, foram R$ 19,3 bilhões.
“Embora de forma ainda cautelosa e seletiva, já se observa uma tendência de retomada dos investimentos da indústria. Esse movimento tem sido alimentado pelo ajuste do preço das empresas, o que cria boas oportunidades, e mostra que continua existindo capital para boas companhias em setores com perspectivas positivas de crescimento”, afirmou Piero Minardi, presidente da ABVCAP, em nota.
Nexoos amplia portfólio de crédito
A Nexoos — adquirida no ano passado pela Ame Digital — está ampliando o portfólio de produtos de crédito para empresas. A fintech acaba de lançar a modalidade de capital de giro, com garantia. Segundo a empresa, os empréstimos vão levar em conta a “realidade social desses empreendedores e oferecer condições favoráveis”, de acordo com a capacidade de pagamento.
Para os pequenos e médios empreendedores, o crédito é de até R$ 500 mil e pode ser quitado em até 24 parcelas a uma taxa de mínima de 1,79% ao mês. Para solicitar essa modalidade, os interessados precisam vincular um bem ao contrato — pode ser um imóvel ou um automóvel.
A nova linha de crédito já está disponível e a Nexoos ofereceu, inicialmente, para a sua base de clientes. Cerca de 70% deles já migraram para o novo produto. “Acreditamos que essa linha de crédito será responsável por 80% do volume nas nossas operações nos próximos meses”, afirmou Fabiano Rosa, head da área comercial da Nexoos, em nota.
Além do empréstimo com garantia, a Nexoos também oferece a modalidade sem garantia e antecipação de recebíveis (duplicatas). Desde sua criação, há sete anos, a Nexoos soma mais de R$ 1 bilhão financiados para PMEs. Hoje, a fintech reúne mais de 7 mil investidores cadastrados em sua plataforma, 17 mil empresas e aproximadamente 340 mil vidas impactadas.
Nubank libera conta para menores de 18 anos
O Nubank anunciou nesta semana que agora jovens de 12 a 17 anos vão poder ter conta no banco digital. Esse público poderá ter acesso a um cartão de débito, além da possibilidade de colocar o recurso nas chamadas “Caixinhas”, recurso oferecido pela fintech para guardar dinheiro de forma organizada.
Depois de um período inicial de testes, iniciado em junho, o Nubank afirma ter havido um aumento de 42% na demanda desse perfil de clientes desde então. A liberação da conta é feita mediante consentimento de um maior responsável que também seja cliente do banco digital no Brasil.
Em pesquisa interna, o Nubank verificou que ter uma conta para seus filhos entre 12 e 17 anos seria valioso para 61% dos pais. Na fase inicial de testes, a empresa verificou ainda que os jovens têm um engajamento 20% mais alto do que o público maior de idade. Além disso, o pagamento por Pix é a funcionalidade mais usada pelos jovens que já usam a conta do banco.
*A seção Radar publica uma curadoria de notícias curtas e relevantes sobre aportes, operações de M&A, parcerias, lançamento de soluções, entre outras novidades que interessam ao mercado de fintechs.
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