Fintechs

Voltz, da Energisa, e Alesta, da CPFL, estendem oferta de financiamento de contas de consumo para outros clientes

O mercado brasileiro de utilities, formado por mais de 80 milhões consumidores e que processa cerca de R$ 247 bilhões anuais em pagamentos vem acelerando as iniciativas de digitalização da jornada do cliente, impulsionada pelo crescente movimento de bancarização dos últimos anos.

Duas fintechs ligadas a empresas de energia decidiram ampliar a oferta de seus serviços: a Voltz, da Energisa, começa a atender clientes de outras concessionárias e a Alesta, da CPFL, começou a atender clientes de outras empresas do próprio grupo.

Para estender a oferta de financiamentos a clientes de outras empresas de utilities que buscam renegociação, parcelamento e outras opções de facilidade a Voltz fechou parceria com a Bemobi, empresa de tecnologia de soluções móveis de serviços digitais, microfinanças e pagamentos.

Já a Alesta, que desde que foi lançada no ano passado atendia exclusivamente, os clientes da CPFL Piratininga, passa a atender também os clientes da CPFL Santa Cruz e, até 2023, passa a beneficiar todos os clientes do grupo nas quatro distribuidoras, incluindo CPFL Paulista e RGE.

Além da inadimplência

A adição de novas formas de pagamento contempla todos os clientes da Energisa – adimplentes ou não. A plataforma de meios de pagamento permitirá o pagamento de contas a partir de qualquer canal – site, app, URA (Unidade de Resposta Audível), WhatsApp, entre outros – com cartões de crédito, débito, e carteiras digitais de mercado. Os usuários ainda poderão parcelar as faturas em até 24 vezes.

Segundo Daniel Orlean, co-CEO da Voltz, os números iniciais já demonstram a boa aceitação da flexibilização por parte dos clientes: a empresa já processa cerca de 2 mil transações diárias e o volume de consumidores que podem ser beneficiados pelas soluções é crescente tanto no universo da Energisa quanto de outras empresas de serviços públicos.

Meta: crescer 25%

Para Fernando Rocha Antonaglia, diretor da Alesta, um dos principais objetivos com a expansão para os clientes da CPFL Santa Cruz é, de imediato, crescer até 25%. “Temos um grande desafio pela frente que é continuar inovando em serviços para ser competitivo neste mercado, por isso, até 2023, além de atender a todas as distribuidoras, a Alesta deve incorporar mais opções de pagamentos como o parcelamento via cartão de crédito”, reforça Antonaglia.

Durante o período de adaptação, atendendo os clientes da CPFL Piratininga, a startup fechou mais 13 mil contratos e cadastrou mais de 50 mil pessoas. O montante equivale a R$ 9.6 milhões em contas de energia negociadas.

“Este ano inicial foi primordial para entendermos mais sobre a performance e integração dos ambientes digitais, ampliarmos a estrutura de atendimento ao cliente e regulatório, trabalharmos a jornada do cliente com suas necessidades, bem como características do público-alvo”, finaliza Antonaglia.

O benefício do débito em conta é atender aos consumidores que não têm acesso a conta bancária e cartão de crédito, e para aqueles que possuem, mas preferem utilizar o limite do cartão para outras despesas.