BRLA Digital levanta R$ 3 milhões e atrai ex-CFO da Binance

A fintech atua com infraestrutura financeira e de pagamentos cross-border para empresas “crypto-friendly” e tem 5 clientes

A fintech BRLA Digital, especializada em pagamentos cross-border e infraestrutura cripto, acaba de receber um aporte pré-seed de R$ 3 milhões. O recurso, então, será investido em tecnologia e para alavancar a operação. É a primeira rodada de investimentos feita pela startup.

O aporte contou com a participação da Coins, exchange da Filipinas chefiada por Wei Zhou (ex-CFO da Binance); Rodrigo Benez, investidor de ativos digitais que fundou a stablecoin SimpliPay; entre outros nomes. 

Atualmente, a fintech atua com a oferta de infraestrutura financeira e de pagamentos cross-border – em conformidade regulatória – para empresas “crypto-friendly” locais ou do mercado internacional que buscam oportunidade no mercado brasileiro. Nesse sentido, desenvolveu uma stablecoin vinculada ao real (BRLA Token) com o objetivo de fornecer um mecanismo econômico e estável para usuários e empresas acessarem o universo dos criptoativos.

Acelerar

Na nota, a fintech diz contar com cinco clientes. Até o final de 2024, a ideia é chegar a mais de 30. A BRLA Digital integra, ainda, o programa de aceleração para startups do Pinheiro Neto Advogados

“Estamos muito contentes com essa rodada, que chega para acelerar nosso negócio. Hoje, temos uma operação totalmente regulada e conectada com o sistema bancário brasileiro. Nosso foco é ajudar empresas e exchanges globais a conquistarem usuários brasileiros por meio de uma solução de pagamentos acessível e totalmente em conformidade com a lei”, disse Leandro Noel, cofundador e chief strategy officer (CSO) da BRLA Digital

Mercado

O anúncio da primeira captação da fintech chega num momento em que o mercado cripto aguarda as “regras do jogo” pelo Banco Central (BC). Conforme já disse o órgão, a intenção é realizar duas consultas públicas e construir uma regulação faseada. 

Apesar do terreno fértil para avançar, o contexto atual tem feito alguns nomes relevantes desistirem da operação cripto. Na última semana, por exemplo, a XP divulgou o fim da Xtage, pouco mais de 1 ano depois que lançou oficialmente a plataforma — sua segunda iniciativa (ou tentativa) de embarcar no universo de criptos. Na sexta-feira foi a vez do PicPay anunciar que pausou sua operação de cripto. 

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