Artigo | Open Finance e o futuro do setor bancário

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Por Leandro Duran*, exclusivo para o Finsiders

Em 1994, Bill Gates profetizou: “Banking is necessary, but banks are not”. E, hoje, quase 30 anos depois, entramos na era do Open Finance, em que as transações bancárias são muito mais importantes que o banco em si, no que se refere ao conceito de banco como uma instituição, e o cliente, de mero expectador, passa a ser o protagonista.

Dentro de uma rápida retrospectiva, é interessante acompanhar a evolução do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Até 2002, eram compensações de cheques demoradas e os pagamentos de boletos eram realizados somente nas suas agências de origem. Se o cliente tinha quatro boletos, pertencentes a bancos diferentes, era uma Via Sacra para realizar os pagamentos.

Em 2002, chegou o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e em 2003, a Transferência Eletrônica Disponível (TED), facilitando e agilizando mais os processos. Também nesta época começava a consolidação do Internet Banking como canal relevante no uso de serviços bancários.

Dando um salto para 2015, os pagamentos já podiam ser feitos em qualquer agência, lotéricas e outros tipos de instituições. Em 2016, já se fazia um TED de qualquer valor com compensação em até 30 minutos. Em 2020, vem o Sistema de Pagamentos Instantâneos (Pix) – realizado pelos mobiles, weareables, etc – e que rapidamente se tornou o meio de pagamento mais utilizado por pessoas físicas. E, finalmente, em 2021, chega o Open Finance para mudar vários conceitos e a maneira de enxergar os serviços financeiros e, principalmente, o cliente.

Conceito de Open Finance

O princípio-chave do Open Finance é: o cliente é dono dos seus dados financeiros que estão sob “custódia” das instituições e ele determina quais poderão ser compartilhados com outras instituições. Além disso, o cliente pode escolher quais provedores podem iniciar os seus pagamentos. E para tudo isso, são necessários o seu consentimento e a sua permissão, explicitamente registrados para o acesso a dados e a iniciação das transações.

O âmbito de aplicação do Open Finance será restrito a instituições, autorizadas a funcionar pelo Banco Central. As não autorizadas poderão participar do compartilhamento de dados do Open Finance mediante contratos de parcerias com os participantes, porém, será vedado a essas instituições o compartilhamento de dados transacionais de outras instituições.

Como ocorre o Open Finance?

É fato que a mobilidade e interoperabilidade digital são mais críticas no sistema financeiro, devido à segurança e à privacidade. Contudo, quando se organiza e padroniza a interoperabilidade temos aberto o caminho para a digitalização plena. Os bancos são, cada vez mais, software as a services (SaaS). Não importa muito se o cliente está consumindo um produto pelo canal do “seu” banco ou de um parceiro ou até mesmo se ele quer consumir um produto de outro parceiro, mas usa o canal do seu banco.

Para que esse fluxo de informações seja eficiente, é necessário que seja estabelecida uma tecnologia comum, no caso a interoperabilidade habilitada por APIs, que permite o acesso aos dados e a iniciação de pagamentos de forma eletrônica, padronizada, segura e imediata. O BC também se preocupou com os custos.

É necessário garantir que os custos, associados ao recebimento de dados ou à iniciação de pagamento, sejam isonômicos, sem que configure entraves à entrada de outras instituições financeiras ou pagadoras e sem repasse para os clientes. O escopo de dados e de serviços, compartilhados no Open Finance, contemplará dados abertos das instituições, dados cadastrais e transacionais, assim como serviços de pagamento.

Visão 360° do cliente

O Open Finance dá às instituições uma excelente oportunidade de repensar e aprimorar as suas estruturas referentes aos produtos e serviços atuais; ao atendimento físico e digital, com priorização do digital; às taxas e tarifas; e, sobretudo, ao relacionamento com o cliente.

Os dados pertencem a ele e a instituição financeira os tem sob custódia. Mas somente ele pode autorizar o seu uso, o que diminui as barreiras de entrada para novas instituições, no que se refere ao acesso de dados de um cliente no SFN e proporciona uma concorrência saudável pela melhor experiência de consumo de produtos financeiros.

APIs e a segurança

Por meio de APIs, as equipes de desenvolvimento podem criar novos softwares e aplicativos capazes de se comunicar com outras plataformas. A função de uma API é, basicamente, oferecer um padrão para a criação de novas plataformas. Com o uso das APIs, não é necessário criar códigos, personalizados para cada função que um programa for executar – o que simplifica a criação de novos aplicativos, softwares e plataformas em geral.

Além disso, as APIs possuem papel fundamental quando o assunto é segurança, uma vez que são capazes de bloquear acessos e permissões a dados de software que algumas aplicações não podem usar. Em alguns casos, a criptografia é necessária para manter os dados das APIs seguros. Por essa razão, alguns certificados precisam ser validados corretamente, sem que haja margem para criação de possíveis brechas no sistema.

Tecnologia e plataforma

Dentro desse contexto, as instituições financeiras se veem obrigadas a atualizarem os seus parques tecnológicos. É imperativo que ocorra uma modernização de plataformas que seja escalável, confiável e fácil de evoluir, além de uma engenharia ágil, que seja automatizada, responsiva, incremental e adaptativa.

A tecnologia de cloud computing ganha força e notoriedade e a inteligência analítica (ou analytics) deixa de ser uma opção e suas soluções passam a ser uma saída para usufruir dos dados e de informações do cliente e, assim, ter uma visão 360°, compreendendo melhor as suas demandas e necessidades.

Quais são os desafios?

O Open Finance chega para acelerar as prioridades estratégicas dos bancos, no que diz respeito, por exemplo, ao lançamento de novos produtos e à expansão de novas tecnologias, em um ambiente integrado, porém regulado e controlado. Ademais, forçará as instituições a olharem para um novo modelo de negócio que, hoje, não faz parte do seu “core business”, além de pressionar toda a indústria financeira a desenvolver uma estratégia de negócio baseada em um ecossistema.

As instituições financeiras terão de ter uma tecnologia de ponta no combate à fraude. Será preciso descartar as práticas antigas e não tão seguras e, de maneira organizada, implementar, no SFN, a LGPD, os protocolos, as novas tecnologias de segurança, autenticação e autorização, e as melhores práticas de troca de informações. A agenda de comunicação do cliente terá de ser clara e transparente para garantir a visão de proteção dos dados, o que ajudará na sua adesão.

As instituições precisarão trabalhar muito e fazer a individualização e a customização do atendimento, no intuito de ter uma visão individual, enxergando cada cliente de uma forma única. Mostrar para o seu cliente as vantagens do novo sistema e de como ele poderá usufruir dele. Explicar que são novos modelos de negócio, com uma experiência diferenciada e soluções personalizadas, além de novas ofertas, novos produtos e serviços para consolidar a sua gestão financeira.

Enfatizar que o cliente pode fazer transações financeiras em diversos canais, da maneira que ele quiser. Além disso, as instituições financeiras deverão criar ao redor de seus canais todo um ecossistema financeiro com parcerias. Essas parcerias e os ecossistemas acelerarão as plataformas, e a remodelagem do fluxo de informação tornará as instituições mais ágeis.

O Open Finance é o futuro

Dentro de todo esse cenário, o grande desafio das instituições financeiras será o de como abordar todas essas questões mencionadas de maneira assertiva, como ser veloz na inovação e não abandonar o seu core business, como inovar o seu core business e como medir o sucesso disso tudo? Sem sombra de dúvidas, o Open Finance é um marco essencial para a aceleração da economia. O mundo irá evoluir nesse entendimento e a jornada do Open Finance é o primeiro capítulo.

*Leandro Duran é executive digital strategist da multinacional CI&T.

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Redação: Conteúdos produzidos pela equipe de jornalistas do Finsiders,
além de artigos de executivos do setor

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