A Visa e XP, que formam um dos 16 consórcios do piloto do Drex, anunciaram que configuraram o nó para integração à rede do real digital. Todos os consórcio estão agora integrados à plataforma. “Trata-se de um marco importante para nós”, disse Catalina Tobar, líder de moedas digitais da Visa América Latina e Caribe. “Nossa capacidade de tokenizar transações em tão pouco tempo após a integração no nó é motivo de muita satisfação e nos deixa um passo mais próximos de tornar o Drex realidade no Brasil”, diz a executiva.
A matéria é do site parceiro Blocknews.
A Visa já tinha participado do desafio LIFT Challenge, que o Banco Central (BC) realizou em 2022 com nove grupos, para discutir casos de uso. A Visa desenvolveu uma solução de interoperabilidade de moedas digitais para processos financeiros comuns no Brasil.
O comunicado das empresas afirma que desde então, “a estratégia da Visa para o mercado brasileiro evoluiu para uma plataforma que oferece uma série de serviços de tokenização a instituições financeiras, como a XP”. E faz isso por meio de APIs e front-ends simples que necessitam de pouquíssima integração. A XP, por sua vez, parceira da Visa em outras frentes, agrega no consórcio com as expertises técnicas e conexões com a rede do SFN”.
Testes na Drex foram bem-sucedidos, dizem Visa e XP
Os consórcios foram entrando aos poucos na plataforma Drex. Um dos motivos foi a largura de banda, já que nem todas as instituições, em especial as de menor porte, tinham o suficiente para acessarem a Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN). Houve até fila de espera nos fornecedores de banda. E quando o assunto era resolvido, tinham de aguardar a liberação do Banco Central. O BC, por sua vez, tem dito que faltam braços para tocar todos os projetos da instituição, incluindo o do Drex. No entanto, o consórcio Visa e XP disse que está dentro do cronograma.
De acordo com a Visa e a XP, o foco das empresas no piloto é testar a tokenização de ativos financeiros em uma rede de blockchain. Com isso, querem habilitar transações desses ativos entre os usuários e a rede. Atualmente, a prioridade do BC é testar privacidade e segurança. Isso porque a rede do Drex é em Hyperledger Besu, com os membros precisando de permissão para entrarem nela, mas os dados são públicos.
“Cada nó instalado aumenta a estabilidade da rede. Portanto, embora cada empresa desenvolva suas soluções de forma independente, a criação de uma moeda digital brasileira envolve o esforço de todos para desenvolver uma rede segura, estável e confiável”, afirmou Marta Pinheiro, sócia e diretora de Serviços Bancários da XP Inc.
A Visa e a XP afirmaram que os resultados dos testes na rede Drex foram positivos. Isso em relação a operações intra e interbancárias em Drex atacado, varejo e com os títulos públicos federais tokenizados.
Efí e BS2
Os bancos Efí, especializado em automatização de emissão e gestão de cobranças, e o BS2, também anunciaram que fizeram a primeira transferência interbancária por meio da Drex na semana passada.
O teste envolveu o depósito de ativos e o envio e recebimento entre instituições. Foi a primeira transação entre as carteiras dos dois bancos. E aconteceu no âmbito do consórcio da Associação Brasileira de Bancos (ABBC). A instituição é o nó na rede e por ela passam as operações de quem faz parte de seu consórcio.
*Conteúdo publicado originalmente no portal parceiro Blocknews.
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