A Wise, fintech britânica especializada em transferências internacionais, recebeu hoje (17/9) a aprovação do Banco Central (BC) para atuar como instituição de pagamento (IP). A licença é para operar como emissor de moeda eletrônica, ou seja, permite gerenciar contas de pagamento pré-pagas. O capital social da IP é de 16,35 milhões e o controlador é o CEO e co-fundador, Kristo Käärmann.
Com a autorização, a Wise poderá se conectar diretamente ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e também ao Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) – infraestrutura que viabiliza o Pix. A fintech diz ter conexão semelhante em outros países estratégicos, como Austrália, Singapura, Reino Unido e Hungria.
“A conexão direta com o Banco Central e ao SPB nos capacita a explorar futuras expansões de negócios e diversificação de produtos”, afirmou Enio Almeida, diretor executivo da Wise no Brasil, em nota ao Finsiders Brasil. De acordo com ele, uma das novidades previstas é a oferta de contas de pagamentos com dados bancários em reais e chaves Pix para seus clientes em todo o mundo.
A Wise inaugurou a operação no País em 2016, ainda como TransferWise. Há pouco mais de quatro anos, a fintech obteve a licença de corretora de câmbio. No Brasil, a empresa atingiu recentemente 2 milhões de cartões emitidos, alta de 100% nos últimos 12 meses -globalmente, são mais de 11 milhões. Por aqui, a empresa tem parceria com o Nubank para oferta de uma conta global aos clientes do segmento Ultravioleta do banco digital.
Autorizações
Também nesta terça-feira, o BC aprovou o funcionamento da IP da Infinia Brasil, empresa uruguaia que se define como uma infraestrutura de pagamentos em tempo real. Com capital social de R$ 1,23 milhão, a instituição é controlada pelos cofundadores Ianai Urwicz Blufstein e Alejandro Luis Rettig Grun.
O regulador autorizou, ainda, a compra da fintech de crédito dos controladores da Embracon, a Embracred SCD, pelo bilionário Alberto Joseph Safra. Ele também é fundador da gestora ASA Investments. A mudança de controle ocorre menos de dois anos depois que o BC deu o sinal verde para a criação da SCD.
Além disso, o BC aprovou a venda da Pólocred Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte para a Pinfinance. A holding controla o Pinbank, que opera como IP e, em junho, recebeu a licença de câmbio.