O especialista em inovação financeira Bruno Diniz é o segundo conselheiro independente na estrutura definitiva de governança do Open Finance no Brasil. Conforme apurou o Finsiders Brasil, o consultor e sócio da Spiralem levou cinco votos, numa disputa acirrada com Glória Guimarães (ex-diretora do Banco do Brasil e conselheira de empresas), que teve quatro votos. A eleição do segundo turno ocorreu na tarde desta quinta-feira (23/1). Bruno se junta ao advogado Rubens Vidigal Neto, que já tinha um assento e foi reeleito.
No primeiro turno, houve empate entre Bruno e Glória (quatro votos cada), enquanto Thiago Alvarez (fundador do Guiabolso, vendido em 2021 para o PicPay) levou um voto.
O modelo da estrutura definitiva de governança entrou em vigor neste mês. Até então, o Open Finance no País tinha uma estrutura provisória. No novo formato, além de mais um conselheiro independente, houve a entrada de Zetta e Init, que representam algumas das maiores fintechs do País e Iniciadores de Transação de Pagamento (ITPs), respectivamente.
A eleição dos conselheiros ocorreu em dezembro de 2024. Há duas semanas, Ana Carla Abrão Costa foi escolhida como diretora-presidente da Associação Open Finance, que tem até CNPJ próprio. Mesmo assim, o conselho segue com baixa representatividade feminina, como já alertamos em reportagem no ano passado. Com a escolha de Bruno, a única conselheira é Patricia Leal (do Mercado Pago).
De acordo com o Dashboard do Cidadão, no site do Open Finance Brasil, os consentimentos ativos no ecossistema ultrapassaram 61 milhões em dezembro, com dados até o dia 20. Já o número de consentimentos únicos (clientes pessoas físicas e empresas) atingiu 40,4 milhões no último mês de 2024.