TELECOM

Claro recebe licença de IP, com capital de mais de R$ 263 milhões

Com aprovação do Banco Central, a Claro Pay poderá oferecer contas de pagamento pré-pagas e atuar como Iniciador de Transação de Pagamento (ITP)

Claro Pay
Claro Pay | Imagem: reprodução/site

A operadora de telecomunicações Claro recebeu autorização do Banco Central (BC) para ter uma Instituição de Pagamento (IP) regulada. A aprovação do BC é para que a Claro Pay atue nas modalidades emissor de moeda eletrônica (contas de pagamento pré-pagas) e Iniciador de Transação de Pagamento (ITP).

A nova IP começa com capital social de R$ 263,7 milhões. Os controladores da nova IP são a holding Claro Pay, assim como os mexicanos Carlos Slim Helu, Carlos Slim Domit, Marco Antonio Slim Domit, Patrick Slim Domit, Maria Soumaya Slim Domit, Vanessa Paola Slim Domit e Johanna Monique Slim Domit. Todos são da família dona da América Móvil, controladora da Claro, Net e Embratel no Brasil.

A Claro Pay foi lançada pela operadora de telecom em 2020. A conta digital permite realizar transações via Pix, pagamento de contas e boletos, saque em caixas eletrônicos e recargas de celular com benefícios extras para clientes do plano pré-pago chamado Claro Prezão. No ano passado, a empresa também entrou no mercado de adquirência, em uma parceria com a Fiserv.

Novas receitas

As ‘telco’ no Brasil vêm avançando em serviços financeiros para diversificar receitas. As iniciativas ganham corpo e começam a evoluir para estruturas reguladas. Em setembro de 2024, por exemplo, a Vivo obteve uma licença de Sociedade de Crédito Direto (SCD) e busca avançar em produtos de crédito.

Movimentos como esses se inserem numa tendência maior que é o embedded finance (serviços financeiros embarcados). Na prática, empresas de diferentes setores adicionam soluções financeiras digitais em suas plataformas para buscar novas fontes de receitas e ampliar o relacionamento com os clientes.

O caminho inverso também vem ocorrendo. Com o NuCel, por exemplo, o Nubank quer fazer na telefonia o mesmo que fez nas finanças. O banco digital roxinho, inclusive, atua como correspondente virtual da Claro, no modelo MVNO. Outros neobancos, como o Inter, têm iniciativas na área.