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"Até o final de 2024, transações feitas via Iniciação de Pagamentos devem atingir 20% da movimentação com PIX", diz CEO da Iniciador

“Até o final de 2024, transações feitas via Iniciador de Transação de Pagamentos devem atingir 20% da movimentação com PIX”. Atualmente, a quantidade supera 200 mil e o valor é de quase R$ 65 milhões.

A previsão é do CEO da Iniciador, Marcelo Martins. Como diz o nome, a fintech nasceu para ser o iniciador dos iniciadores. “Nosso negócio é atender iniciadores de pagamento – estamos por trás de todo o fluxo, oferecendo uma solução plug and play, white label, pronta para usar”, diz Martins, que acaba de entrar para o Conselho do Open Finance na cadeira 2.3.

O total das transações com PIX fechou julho ao redor de R$ 1,5 bilhão, segundo o Banco Central.

O executivo, que se formou em Direito e Economia, começou a carreira na Moip (comprada pela Pagseguro), passou pela Swipe e StarPay e hoje é um dos diretores da ABFintechs. Ele fundou a Iniciador com o sócio Guilherme Decampo (ex-Astrocoders e atualmente membro do OpenID e do GT de especificações do Open Finance) há um ano e meio.

“As transações via ITP estão aumentando exponencialmente mês a mês”, comemora.

Uma das razões para o aumento das conversões de pagamentos via ITP está na melhoria constante dos fluxos de Open Finance, diz o CEO. Ele cita como exemplo uma das recentes mudanças autorizadas pelo Banco Central: “Antes o botão na tela do aplicativo tinha que ser identificado como ‘PIX via Open Finance’, o que nem todo usuário entendia; agora já podem ser usadas outras opções, como ‘pagar com meu banco'”, diz. “O tempo gasto com pagamentos por ITP equivale a metade do gasto com ‘PIX copia e cola’ ou por QR code”.

Outro impulso importante deve vir do não-redirecionamento, algo que está prestes a ser autorizado pelo BC também, segundo Martins. “Fazer o fluxo de iniciação sem ser redirecionado para outro banco tende a aumentar a conversão, vira um pagamento one click como é hoje com o cartão”.

No site do Iniciador é possível experimentar a funcionalidade fazendo uma doação de qualquer valor para uma das quatro ONGs disponíveis.

Nova rodada em 2024

O CEO lembra que a fintech fez uma rodada pre seed em dezembro de 2021, com aporte me valor não revelado feito pelos investidores Andres Bilbao, cofundador da Rappi, e Edson Santos — ex-presidente da Global Payments no Brasil e ex-CFO da Redecard (atual Rede). “Neste ano estamos focados na operação, na oferta do produtos para os clientes; mas temos perspectivas de ir a mercado novamente no ano que vem”.

Martins acredita que a queda da Selic e melhora da economia vão aumentar o interesse dos investidores em startups novamente: “Mas investimentos em fintechs de qualidade, com equipes capacitadas, nunca faltou; o mercado não secou para os players bons”.