Na Ativa, um app inspirado em plataformas de streaming e e-commerce

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A corretora Ativa Investimentos iniciou em 2020 um processo de transformação tecnológica para se manter competitiva em um mercado mais concorrido entre as plataformas digitais. Um movimento que começou dentro de casa – com a adoção de metodologias ágeis, arquitetura em nuvem e desenvolvimento em microsserviços via APIs –, e agora ganha corpo com novas soluções para o investidor.

A instituição está colocando no ar um novo aplicativo. Disponível nas versões para iOS e Android, o app foi desenvolvido em menos de um ano e lançado em dezembro, mas a partir de agora começa o esforço de divulgação. Na loja do Google, por exemplo, a nova solução já conta com mais de 100 avaliações e tem nota média de 3,9.

A empresa não fala sobre projeção de número de usuários, mas diz que a expectativa é fechar o ano com mais da metade da base de clientes utilizando o canal mobile como principal veículo de acompanhamento de carteira e realização de investimentos.

“Acreditamos em ser uma corretora mobile-first. Queremos demonstrar que, com tecnologia, pode ser mais amigável investir”, afirma Diego Cerqueira, CTO da corretora, em entrevista ao Finsiders. Ex-líder de TI do Bradesco, onde atuou por nove anos, o executivo chegou à Ativa em janeiro de 2020 como superintendente e foi promovido a diretor de tecnologia, em julho do ano passado.

Segundo Diego, um dos principais diferenciais do novo aplicativo é a experiência de navegação, que bebe da fonte de plataformas de streaming ou e-commerce. Por exemplo, a ferramenta permite encontrar os ativos negociados em bolsa, por setores, sem que o investidor precise digitar o ticker (código usado para identificação do papel na B3).

Pelo app, também é possível acessar análises da equipe de research da corretora, com atualizações em tempo real sobre os principais acontecimentos no mercado e recomendações de oportunidades, conforme o perfil de risco de cada investidor. Outras funcionalidades são a criação de metas financeiras e as notificações ‘push’ para facilitar a comunicação entre os investidores e os assessores.

A ideia é que, conforme o investidor vá navegando e utilizando os diversos recursos, o app aponte recomendações e oportunidades de investimento cada vez mais personalizadas, em um processo de compra semelhante ao de um e-commerce que mostra produtos baseados na navegação e em pesquisas feitas pelos consumidores. “Até o fim do ano, esperamos ter essa inteligência [de dados].”

O aplicativo chega para complementar a experiência de atendimento digital da Ativa, que já havia lançado um novo site e também uma plataforma de negociação de debêntures incentivadas. No ano passado, por exemplo, a corretora investiu R$ 7 milhões em tecnologia.

Com mais de 38 anos de história, a Ativa permite pelo app o investimento em produtos de renda variável (ações, COEs, entre outros), ativos de renda fixa (CDBs, LCIs, LCAs, debêntures, títulos públicos via Tesouro Direto), fundos de investimentos, previdência privada, entre outros. Novos produtos devem ser adicionados ao longo do ano, mas a corretora não abre detalhes por questões estratégicas.

Diego explica, ainda, que o aplicativo nasce com seis camadas de segurança, incluindo duplo fator de autenticação e o reconhecimento de biometria (facial ou digital).