PESQUISA

Mais de 90% dos profissionais de inovação aberta usam IA

ChatGPT, da OpenAI, foi a ferramenta mais citada em estudo da Sling Hub, sendo utilizada por 94% dos profissionais

Inteligência artificial (IA). Foto: Gerd Altmann/Pixabay
Inteligência artificial (IA). Foto: Gerd Altmann/Pixabay

A inteligência artificial já está presente na rotina de mais de 90% dos profissionais de inovação aberta do país. Os dados são da pesquisa “Quem é o profissional de inovação aberta no Brasil?”, desenvolvida pela plataforma de dados de inovação LatAm Sling Hub, em parceria com líderes do mercado. Entre os respondentes, 36% disseram utilizar essas ferramentas frequentemente, 20% usam todos os dias e 35% informaram recorrer a essa tecnologia às vezes.

ChatGPT, da OpenAI, foi a ferramenta mais citada, sendo utilizada por 94% dos entrevistados. Em seguida, estão Gemini (15%) e Microsoft Copilot (10%), além da ferramenta de IA do Canva (5%) e Gamma (4%). Cerca de um quarto dos profissionais (26%) disseram que usam também outros modelos
disponíveis no mercado.

O levantamento da Sling Hub mostrou ainda que a maior parte dos profissionais de inovação consideram que a IA ajuda a aumentar a produtividade. Considerando um nível de 1 a 10, a pesquisa apontou que 85% classificam o ganho de produtividade entre 6 e 10 e apenas 15% consideram entre 2 e 5. Além disso, 14% dos entrevistados deram nota máxima para o ganho de produtividade e nenhum dos respondentes deu a nota mais baixa para esse critério.

Ainda de acordo com a pesquisa, a maior parte dos profissionais trabalha na área de inovação aberta há até três anos (35%), o que mostra que mesmo os trabalhadores mais experientes entraram nesse segmento há pouco tempo. Cerca de 27% dos entrevistados disseram ter de quatro a seis anos de experiência na área, enquanto 24% têm de sete a 10 anos, e 15% têm mais de 11 anos de atuação.

Gênero e faixa etária

Segundo o levantamento, homens compõem 60% dos profissionais do mercado de inovação aberta, enquanto mulheres correspondem a 40%. A faixa de idade mais representativa é a de 31-35 anos, com 24% do total, seguida por 36-40 anos com 17% e depois um empate entre 41-45 anos e 51 anos ou mais, ambos com 14%.

Entre as mulheres, especificamente, 77% têm até 40 anos, com apenas 23% tendo 41 anos ou mais. Já para os homens, há menos concentração entre os mais jovens: 54% dos profissionais têm até 40 anos e 46% têm 41 anos ou mais.

O levantamento também apontou que, quanto maior a faixa etária, menor é a concentração de mulheres. Na faixa de 46-51 anos, são 7% de homens e 1% de mulheres. E no grupo acima de 51 anos, são 13% de homens e 2% de mulheres.

A maioria (75%) dos profissionais se identificam como brancos, enquanto 15% se declaram pardos, 5%, pretos e 3%, amarelos. Juntas, mulheres pretas e pardas somam menos de 5% dos profissionais da área.

Concentração geográfica

Sudeste concentra 72% dos profissionais de inovação aberta em atuação no Brasil, seguido pelo Sul com 14%. Juntos, Nordeste, Centro-Oeste e Norte somam apenas 12%. Há ainda 2% dos profissionais atuantes no Brasil que residem em outros países.

No Sudeste, 74% dos profissionais estão em São Paulo, seguidos por 15% no Rio de Janeiro, 10% em Minas Gerais e apenas 1% no Espírito Santo.

Escolaridade

O nível de escolaridade dos profissionais de inovação é alto, de acordo com a pesquisa. A grande maioria desses trabalhadores (73%) tem pós-graduação, mestrado ou doutorado. Além disso, 21% têm nível superior completo e 5% têm nível superior incompleto.

Administração é a graduação mais comum entre os profissionais de inovação aberta, com um a cada cinco formados na área. Engenharia de produção, ciência da computação e comunicação aparecem na sequência, com 5% cada. No entanto, 31% dos profissionais que cursaram ou estão cursando ensino superior estão distribuídos entre outras graduações, o que demonstra que a área de inovação abrange diversas disciplinas.

O levantamento destaca que a alta qualificação se reflete na hierarquia dos cargos e na remuneração. Cargos de direção são ocupados por 33% dos respondentes, enquanto postos de gerentes e coordenadores somam 22%. Já especialistas e analistas correspondem a 19% e 13% dos profissionais, respectivamente. Além disso, 43% recebem mais de R$ 15 mil; 21% ganham entre R$ 10 mil e R$ 15 mil; 20%, entre R$ 6 mil e R$ 10 mil; e menos de 10% recebem até R$ 4 mil.

*Conteúdo publicado originalmente no site parceiro Startups.