Bitfy recebe novo aporte e prevê 100 mil clientes até o início de 2021

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A Bitfy, carteira multiuso e sem custódia de bitcoins, acaba de fechar uma rodada bridge de R$ 1,4 milhão liderada pelo grupo de anjos Urca Angels, formado principalmente por ex-alunos do Instituto Militar de Engenharia (IME). Com o dinheiro, a fintech vai investir em campanhas de marketing (digital e off-line) e ampliar a equipe, hoje com dez pessoas.

Lucas Schoch, da Bitfy
Lucas Schoch, da Bitfy (Crédito: Divulgação)

A ideia é preparar o negócio para uma Série A, com plano de levantar US$ 3 milhões nos próximos meses. Neste momento, a startup está em negociação com fundos de Venture Capital — alguns prestes a assinar term-sheet — investidores-anjos, conta Lucas Schoch, fundador e CEO da Bitfy, com exclusividade à Finsiders.

É a segunda rodada da empresa, que já havia captado R$ 1 milhão no ano passado com oito investidores-anjos, entre eles, profissionais do mercado de criptomoedas, sócios de startups e de escritório de advocacia.

Expansão

“Com o novo aporte, vamos acelerar tudo o que tínhamos como objetivo para este ano e até o início de 2021”, diz. Entre os planos está fortalecer a aquisição de novos clientes e dar início ao projeto de expansão para outros países da América do Sul, iniciativa que depende da Série A.

Dos R$ 1,4 milhão captados, 70% serão usados para campanhas publicitárias, tanto offline quanto online. Outro movimento foi trazer Antonio Marquese, ex-diretor de marketing do iFood México, que ficará responsável por liderar esse projeto de mídia e divulgação pelos próximos meses. Marquese é investidor desde o início do negócio.

A plataforma da Bitfy vem sendo desenvolvida há três anos, ficou durante seis meses em beta, rodando com cerca de 400 pessoas da lista de espera. Em janeiro deste ano, o aplicativo foi lançado para o público em geral.

Hoje com 25 mil clientes, a fintech prevê bater 100 mil até fevereiro de 2021. Em menos de um ano de operação, movimentou mais de R$ 15 milhões em transações e tem crescido, em média, 30% ao mês.

Além do armazenamento de bitcoins, a carteira oferece a possibilidade de compra e venda de moedas no app, assim como uso do meio de pagamento em estabelecimentos e serviços parceiros, por meio dos terminais da Cielo, com quem tem parceria desde o começo. Nos próximos dias, serão incluídas novas criptomoedas, como Ripple, diz Schoch.

Competição

Um dos concorrentes nesse segmento é a Uzzo Pay, conta digital multimoedas que transaciona cerca de R$ 12 milhões em bitcoin e prevê chegar a 1 milhão de clientes em 2021, conta Thiago Lucena, CEO da Uzzo Pay à Finsiders. “Nossa meta é agressiva porque o mercado de cripto tem algo como 3 milhões de pessoas no Brasil. Antes, existiam 6 mil estabelecimentos no mundo que aceitavam bitcoin. Agora já são mais de 13 mil.”

A Bitfy enfrenta, ainda, novos entrantes como Alterbank, que acabou de levantar R$ 2 milhões e pretende ser o primeiro banco cripto do mercado brasileiro. Outro novo entrante é o Zro Bank, que une na mesma plataforma transações em bitcoin e real, e planeja incluir pagamentos internacionais, conta em dólar, como contou recentemente o fundador à Finsiders.