Hoje, 19/11, é o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino. Para comemorar os avanços e relembrar o quanto ainda falta avançar, Fintechs Brasil preparou uma ediçåo especial para dar voz e vez às (ainda poucas) mulheres que empreendem no mundo das fintechs e outras techs.
Os motivos são vários, e passam por maiores responsabilidades com tarefas domésticas e criação dos filhos, até o fato de terem começado a acessar o mercado de trabalho mais tarde do que os homens, o que reduz sua autoconfiança e, também, a rede de contatos influentes a quem pedir ajuda. Além disso, estudos mostram que homens preferem fazer negócios com homens. São comportamentos que vem sendo questionados recentemente, mas ainda falta muito para alcançarmos a equidade de gênero.
O Brasil está em 7° lugar entre os países com mais mulheres empreendedoras, sendo que mais da metade delas empreendem por necessidade de sustentar a família. Pesquisas realizadas pelo Instituto RME apontam que cerca de 47% dos homens se sentem seguros com a gestão financeira de seus negócios contra apenas 28% das mulheres. Como a maioria delas precisa se dividir entre os cuidados domésticos e familiares, por exemplo, muitas vezes estes negócios não prosperam ou não dão o retorno financeiro esperado. Além da falta de suporte como orientação, organização do fluxo de caixa, gestão de tempo, entre outros fatores.
Segundo estudo divulgado em outubro pela Deloitte realizado com mais de três mil fintechs, a comunidade global de fundadores de fintechs ainda é dominada por homens, com as mulheres representando apenas 7% do total. E, embora venha crescendo, em 2019 apenas 1,3% dos US$ 40 bilhões captados foi para fintechs fundadas apenas por mulheres. O estudo analisou 36 empresas de venture capital com mandato para investir em fundadoras mulheres. Das 371 startups fundadas e cofundadas por mulheres cobertas no estudo, 40% atraíram investimentos dessas empresas. Entre essas startups, só 27% foram fundadas exclusivamente por mulheres.
Nesse especial, relatamos casos de mulheres que chegaram lá, muitas delas contando também com redes de apoio como Mulheres Investidoras Anjo, Rede de Mulheres Empreendedoras, Aladas, We Ventures, Aceleradora Visa e Wishe.
Lá fora, chamam as startups de tecnologia que são lideradas por mulheres de “femtechs”. A elas, nossa homenagem. Que suas histórias de sucesso, superação e resiliência inspirem a todos!
Para saber mais sobre elas, navegue por aqui e aqui. Elas são inspiradoras!