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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já contratou três fundos para o programa de crédito com foco em micro, pequenas e médias empresas, lançado no ano passado. Entre eles está o FIDC SRM Exodus PME, que receberá um aporte de R$ 450 milhões do BNDES, R$ 25 milhões da SRM Asset e mais R$ 25 milhões do Fundo Verde (da Verde Asset, do renomado gestor Luis Stuhlberger).
O fundo alocará os recursos em direitos creditórios originados pela estrutura física da SRM Asset e utilizará a plataforma eletrônica de financiamento da TrustHub, fintech do grupo SRM. O objetivo do fundo é conceder crédito a micros, pequenas e médias empresas (MPME) em um momento crucial para as companhias, com a crise econômica gerada pela pandemia da covid-19.
A expectativa da gestora e da sua plataforma digital é beneficiar mais de 15 mil empresas em todo o território nacional, realizar 36 mil operações de crédito, com um valor médio de R$ 250 mil. Entre os setores prioritários estão indústria, comércio e serviços de valor agregado. O FIDC tem prazo de seis anos e será atendido pelos dois canais do grupo SRM.
“Os micros e pequenos empresários serão atendidos pelo canal da TrustHub, 100% online podendo os recursos concedidos serem creditados na conta do empresário em até duas horas e as médias empresas, pelo time comercial exclusivo da SRM Asset presente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A disponibilização dos recursos de forma rápida e segura sem prejudicar o gerenciamento de risco, é, e sempre foi nossa prioridade, e por esta razão adotamos tecnologia de ponta em todo o processo”, explica Paulo Fróes, diretor da SRM Asset, em nota divulgada com exclusividade ao Finsiders.
Segundo Raphael Mansur, diretor da TrustHub, o fundo é importante nesse momento em que as empresas estão se readequando: “É um projeto muito especial em que a TrustHub usa sua tecnologia para gerar capacidade de analisar e entregar o crédito às micros e pequenas empresas, que muitas vezes têm dificuldade de acesso a esse mercado”, diz, também em nota.
Com a chamada pública para os fundos de crédito para MPMEs, o BNDES estima alcançar em torno de 2 milhões de empresas, que tem como foco qualquer empreendedor com acesso a um meio de pagamento, seja por meio de uma maquininha, por marketplace ou via fintech, mesmo que não seja bancarizado. O banco de fomento poderá ter uma participação de até 90% do capital de cada fundo, observado o limite de R$ 500 milhões de cada. Os recursos deverão ser aplicados em negócios no Brasil.
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Conforme reportagem publicada nesta semana pelo Valor Econômico, o BNDES já destinou R$ 1,1 bilhão à iniciativa. Se levar em conta os demais investidores, os valores sobem para R$ 1,5 bilhão. Além dos três fundos já contratados (Captalys, SRM Asset e BRPP, do grupo Genial), o programa definiu outros classificados, entre eles, FIDC BizCapital Finpass PME (Gestão de Empírica e Gauss Capital); FIC-FIDC BNDESPAR XP (Gestão da XP Vista Asset); e BSA FIC FIDC (Gestão de Solis Investimentos e Augme Capital). Mais detalhes da chamada pública e dos selecionados aqui.
A SRM vem também se aproximando de fintechs, além de montar uma dentro de casa, a TrustHub. Recentemente, a gestora firmou uma parceria com a fintech Baduk, de crédito para MEI, como revelou o Finsiders. Pelo acordo, a fintech terá uma linha de crédito de R$ 22 milhões, oriunda de um FIDC da asset. Em contrapartida, a gestora entrou como sócia na startup.
Fundada em 2017, a TrustHub mira empresas que faturam entre R$ 3 milhões e R$ 20 milhões ao ano. “É o cliente que tem pouco acesso ao crédito. São pequenas e médias indústrias, ou ainda pequenos varejistas”, explicou Raphael Mansur, diretor da TrustHub, em entrevista recente ao Finsiders. A fintech tem conta digital, empréstimos, antecipação de recebíveis, além de maquininha. “Para 2021, a ideia é agregar novos produtos à plataforma”, disse.
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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.
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