Nubank já vale mais de US$ 47 bi após 2º dia de negociação

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Para o Nubank, sextou! A empresa encerra a semana valendo US$ 47,61 bilhões, após dois dias do início das negociações dos seus papéis no Brasil e nos Estados Unidos.

Nesta sexta-feira, as ações da fintech negociadas na bolsa de valores de Nova York (Nyse) repetiram o movimento visto na véspera e terminaram com alta de 14,71%, cotada a US$ 11,85 por papel. Desde o IPO, a alta é superior a 31%.

Aqui no Brasil, as BDRs (Brazilian Depositary Receipts) também fecharam de forma semelhante, com aumento de 14,54%, a R$ 11,50. Apesar de não terem apontado um ritmo como ontem, quando avançaram 20,10%, mantiveram com o valor acima do que foi precificado na última quarta-feira, em R$ 8,36. Além de continuar a ser o banco mais valioso da América Latina.

O Ibovespa fechou em alta de 1,38%, aos 107,758 pontos. Já os pares do Nubank listados na B3 tiveram comportamentos diferentes no pregão de hoje. As ações preferenciais (PN) do Itaú Unibanco fecharam com ligeiro avanço de 0,14%; o Bradesco teve retração de 0,39% nos papéis PN e as units do Inter subiram 5,19%.

Passado o furor da estreia, a atenção se volta agora para saber como vão ser as próximas estratégias do banco digital. Não será fácil, em vista da concorrência crescente – que agora pode acompanhar seus dados com maior visibilidade assim como os investidores – e monetizar seus clientes. Por enquanto, a última linha do balanço anota prejuízo — foram R$ 528 milhões em perdas no acumulado deste ano, até setembro.

Não há como negar, por outro lado, que a abertura de capital do Nubank é um capítulo inaugural para o ecossistema de fintechs brasileiro e, claro, para todas as startups criadas em terras tupiniquins. Servirá, de certa forma, como um termômetro para outras empresas do setor que estão com o IPO engatilhado, tais como Creditas, Ebanx e Dock — todas sem prazo definido.

Essa foi a tônica inclusive do presidente da B3, Gilson Finkelsztain, em seu pronunciamento antes do toque do sino do IPO do Nubank na B3 na manhã desta sexta-feira e, depois, para jornalistas. Para o executivo, o caso do Nubank reforça que o mercado de capitais brasileiro está aberto para boas histórias.

“A história do Nubank é uma referência para os empreeendedores e vai inspirar outras empresas a seguirem esse caminho”, disse Gilson, antes do bell ring.

“Queremos deixar o legado de que é possível fazer coisas impossíveis. Fazer um banco do zero no Brasil parecia impossível. Não ter tentado teria sido uma dor maior do que ter tentado e falhado. Às vezes é importante atirar bem alto”, afirmou David, em fala para jornalistas.

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Redação: Conteúdos produzidos pela equipe de jornalistas do Finsiders,
além de artigos de executivos do setor

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