A Open Co é mais uma a entrar na lista das fintechs que captaram duas rodadas neste ano. Nesta quarta-feira (15), a fintech — resultado da fusão entre Geru e Rebel — divulgou um aporte de R$ 600 milhões.
A rodada foi liderada pelo SoftBank Latin America Fund, e acompanhada pelos atuais acionistas da empresa, incluindo Raiz Investimentos, IFC (International Finance Corporation) e LTS, veículo de investimentos de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
De acordo com comunicado enviado à imprensa, o recurso será utilizado para acelerar ainda mais o crescimento da companhia, assim como para escalar as áreas de pessoas, tecnologia e produto.
A Open Co, vale lembrar, foi criada em 2021 a partir da combinação entre dois players importantes no crédito pessoal online: Geru e Rebel.
Menos de um mês após dessa união, a empresa liderada por Sandro Reiss (Geru) e Rafael Pereira (Rebel) captou R$ 150 milhões em uma rodada Série C, coliderada pelo IFC e Goldman Sachs. A Raiz Investimentos também participou da captação.
Com mais de R$ 2,3 bilhões emprestados, a Open Co também vem firmando parcerias com empresas como Ame, a wallet da Americanas, e Voltz, conta digital da Energisa, conforme você leu com exclusividade no Finsiders em outubro.
“Temos uma missão clara: oferecer aos nossos clientes o melhor crédito, a taxas justas, do jeito e na hora que eles precisarem. Iremos expandir, por exemplo, nosso modelo de parcerias para financiar consumo no modelo ‘buy now pay later'(BNPL)”, afirma Rafael Pereira, cofundador da Open Co, em comunicado.
Mercado disputado
Com mais empresas e consumidores tentando buscar formas de ter dinheiro em seus “fluxos de caixa” e tentando fugir ou até não ter acesso aos grandes bancos, a disputa no mercado de crédito pelas fintechs segue crescente. Tanto que o Banco Central (BC) tem na lista mais de 40 pedidos de autorização de fintechs para atuar no segmento.
Mas entre as já existentes no setor, além da Open CO, engrossam o grupo nomes conhecidos como Creditas, Simplic, FinanZero, além de algumas mais dedicadas a segmentos específicos, como BizCapital (que vem evoluindo em uma oferta completa de soluções financeiras para pequenas e médias empresas), SuperSim e ClickCash (desbancarizados); LendMe e Pontte (home equity), entre outras.
A lista de fintechs de crédito é muito grande, ao contrário de cinco ou seis anos atrás. E segue crescendo. A tendência, como alguns especialistas têm reiterado, é que muitas delas apostem em segmentos e públicos específicos, por exemplo, PMEs (a lista é grande aqui), energia solar (Solfácil, Portal Solar/BV, Edmond e outras), crédito estudantil (Pravaler, Provi, Elleve etc) e tantos outros nichos.
Leia também:
Não é magia, é tecnologia: está nascendo um novo mercado de crédito | Paulo David
Provi, de crédito estudantil, vai ampliar soluções para escolas parceiras
A nova solução da Swap, a ‘fábrica de fintechs’ para empresas de crédito
Na CashU, a solução de crédito B2B que atraiu a ABSeed Ventures
Capital Consig, de crédito consignado, passa a fazer parte do SPB