Creditas levanta US$ 260 milhões e já vale US$ 4,8 bilhões

Às vésperas de um possível IPO em que busca valuation entre US$ 7 bilhões e US$ 10 bilhões, conforme apurou o Pipeline, a Creditas acaba de anunciar uma rodada Série F de US$ 260 milhões, sendo avaliada em US$ 4,8 bilhões.

Com o novo aporte, a fintech de crédito passa a ter um valuation quase 3x maior em relação ao último round, anunciado em dezembro de 2020, quando captou US$ 255 milhões e foi avaliada em US$ 1,75 bilhão.

O cheque de agora, que deve ser o último antes da abertura de capital, traz para o captable a gestora Fidelity, que liderou a rodada, além dos fundos Actyus e Greentrail Capital.

Os atuais investidores, como QED Investors, VEF, SoftBank, Kaszek, Headline, Wellington Management e Advent por meio da Sunley House Capital, acompanharam a rodada.

Em comunicado publicado nesta manhã na área de relações com investidores do site, a Creditas diz que o novo recurso permitirá acelerar sua estratégia nos três ecossistemas: auto, imóveis e benefícios para empregados. A ideia é ampliar a oferta de produtos e serviços, com soluções financeiras, seguros e marketplace.

“Temos um crescimento significativo pela frente em várias avenidas, incluindo soluções financeiras para nossos marketplaces inovadores Creditas Auto, Creditas Store (plataforma de e-commerce com um modelo de BNPL descontado da folha de pagamento) e Voltz (o maior fabricante de produtos elétricos motocicletas no Brasil)”, explica no texto Sergio Furio, fundador e CEO da Creditas.

Além do Brasil, a fintech está acelerando seu crescimento no México, operação inaugurada há um ano e meio. “Acreditamos que a Creditas pode se tornar um verdadeiro disruptor no mercado mexicano, podendo democratizar o acesso a produtos financeiros e soluções de consumo”, diz o executivo.

Capitalizada, a Creditas também busca oportunidades estratégicas em M&A. Vale lembrar que a fintech de Sergio Furio já comprou Bcredi (de crédito imobiliário e home equity), Minuto (corretora online de seguros), Volanty (de compra e venda de carros seminovos). A empresa fez, ainda, um investimento na Voltz, de motos elétricas.

A empresa ainda não divulgou os resultados do quarto trimestre. No período de julho a setembro, teve receitas de R$ 257,1 milhões, 3x maior na comparação com igual intervalo de 2020.

No período, a carteira de crédito atingiu R$ 2,920 bilhões, também quase 3x maior ano contra ano. Mas na última linha do balanço, a empresa fechou o terceiro trimestre com perdas de R$ 81,2 milhões.

Ainda assim, se levarmos em consideração a relação resultado líquido/receita, o indicador registrou uma melhora, passando de -58,6% no terceiro trimestre de 2020 para -31,6% de julho a setembro deste ano. Na comparação dos nove meses encerrados em setembro, também houve uma evolução positiva, saindo de -58,4% para -39,1%.

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