A visão do ex-presidente da Losango sobre a evolução do crédito no país

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Por Marcelo Villela*, com exclusividade para o Finsiders

Há muito, o mercado de crédito no Brasil clamava por mudanças significativas no acesso e na democratização da tomada de crédito pelos consumidores, especialmente os que pertencem às classes C e D, historicamente excluídas pelas instituições financeiras tradicionais.

Esse público vinha sendo, indubitavelmente, o mais impactado na hora de consumir um bem ou produto de valor mais elevado, não raramente tendo como única alternativa realizar pagamentos à vista ou caindo nas mãos de agiotas para conseguir um empréstimo.

Até 2018, as medidas adotadas pelo governo brasileiro foram tímidas e pouco efetivas para estimular a concorrência entre as instituições financeiras e promover a diminuição do custo do crédito ou desburocratização do acesso a financiamentos para aqueles que mais precisam.

Esse cenário começou a dar sinais de sensível melhora nos últimos três anos, a partir da autorização, pelo Banco Central (BC), da operação das SEPs (Sociedades de Empréstimos entre Pessoas).

Essas sociedades vêm sendo um importante estímulo à democratização do mercado de crédito no país fazendo com que o spread bancário seja reduzido vertiginosamente e que mais pessoas tenham acesso a crédito, já que as principais instituições financeiras do país ainda mantêm um custo impraticável neste tipo de transação.

Um estudo encomendado pela Serasa Experian durante os meses de junho e julho de 2021 demonstrou o papel primordial das fintechs de P2P (peer-to-peer) lending para a democratização do crédito no Brasil, alcançando principalmente as classes C e D, que sempre foram negligenciadas pelo mercado.

Ainda segundo a pesquisa, as pessoas que buscam por crédito em fintechs observaram processos mais simplificados, com menos burocracia. Nesse tipo de instituição, já comum em países como EUA e Inglaterra, o custo do crédito costuma ser mais acessível devido à estrutura enxuta dessas empresas e a produtos que são disponibilizados e adequados a cada condição do tomador.

Igualmente há vantagem para o investidor, que obtém rendimentos a taxas superiores do que qualquer produto de renda fixa disponível no mercado, mesmo considerado o aumento da taxa Selic nos últimos meses.

O modelo de negócio das SEPs difere do adotado pelos bancos e financiadoras. As fintechs não ganham com os juros da operação, e sim uma taxa pela avaliação do score de crédito do tomador, formalização dos contratos e serviços de cobrança extrajudicial.

A taxa média de juros paga pelos tomadores nas SEPs é menor que o verificado em demais produtos do mercado. Com juros menores, os clientes são mais propensos a pagar em dia e a não comprometer fortemente sua renda com o custo de crédito.

Assim, os bons pagadores são reconhecidos e premiados com taxas cada vez mais baixas, conforme avaliação individual de cada tomador. Muita gente vem observando este fenômeno e a oportunidade de obter empréstimo de uma forma mais democrática.

Pessoas ouvidas na pesquisa da Serasa informaram que a o principal motivo para a tomada de crédito foi para quitar a dívida do cartão de crédito. Na sequência, aparecem o pagamento do uso do cheque especial e do empréstimo com amigos e ou familiares.

Aqui temos um aspecto muito importante deste público, o de se ter o hábito de tomar crédito com um parente ou amigo, já que muitas vezes o crédito é negado em grandes instituições. O famoso “fio do bigode” acabava sendo a única opção para grande parte dessas pessoas.

Ainda nessa esteira de novos modelos de negócio, as SCDs (Sociedades de Crédito Direto) também são outro grande potencial de crescimento na indústria financeira para os próximos anos.

Nessas instituições, o crédito é oferecido por meio de recursos próprios e os clientes, selecionados em critérios robustos de análises econômico-financeiras. Elas também podem oferecer análise e cobrança de crédito para terceiros, além de cartão de crédito.

Com todo esse movimento, o mercado de crédito começa a ter uma disrupção ao modelo tradicional já estabelecido. Os cinco maiores bancos ainda detêm 79% de toda a concessão de crédito no país, mas isso vem diminuindo, aponta o Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central publicado em junho de 2021.

Nos últimos três anos, essa concentração caiu quatro pontos percentuais, passando de 85,8% para 83,7%, demonstrando assim o início de uma pulverização do mercado com a inserção de novos players.

Ainda conforme dados do BC, de setembro de 2019 a dezembro de 2020 o crédito oferecido pelas SEPs totalizou cerca de R$ 248 milhões, distribuídos em 25 estados do país, mostrando assim, a força do “Brasil brasileiro” em consumidor crédito para alavancar seu negócio e também resolver os problemas financeiros do dia a dia.

O relatório do BC também informa que no quarto trimestre de 2020 o segmento de micro, pequenas e médias empresas eram responsáveis por 80% de toda a carteira de crédito oriunda das SEPs, sendo quase 0% de pequenas empresas que muitas vezes eram relegadas no mercado tradicional.

Colocar as pessoas no centro de todo o processo é a meta desse novo tempo na concessão de crédito, e o movimento que as SEPs e as SCDs vêm realizando caminha fortemente para isso.

Desta forma, é possível oferecer acesso ao crédito a taxas justas e reconhecimento do bom comportamento do cliente por meio de taxas decrescentes, atendendo toda e qualquer necessidade de crédito do brasileiro que precisa de apoio financeiro, seja para uma emergência ou para conquistar um sonho, a taxas que normalmente só quem não precisa de crédito tem acesso.

É muito forte, inclusive, a ideia de que quem hoje é um tomador, amanhã poderá se tornar um investidor, alimentando um conceito inovador de comunidade financeira, antes inexistente e inacessível.

No Brasil pós-pandemia, mais digital e dinâmico, as pessoas estão buscando informações e procurando crédito de forma cada vez mais online.

Assim, o setor de crédito começa a dar fortes sinais de mudança, para melhor. Isso é extremamente positivo, pois quem ganha é o consumidor, base primordial de um país melhor e mais justo para todos. Seguir em frente neste rumo é um caminho sem volta.

*Marcelo Villela foi presidente da Losango e executivo do HSBC e do Bradesco. Atualmente, é CEO da fintech Bullla, uma SEP (Sociedade de Empréstimo entre Pessoas).

As opiniões neste espaço refletem a visão dos especialistas e executivos de mercado, e não a do Finsiders.

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