Banco Mercantil compra fatia minoritária na fintech de crédito Gyra+

O investimento faz parte da estratégia do Mercantil em fortalecer sua base tecnológica e de inovação, diz o banco em fato relevante

Em fato relevante, a instituição mineira informa que a fatia na Gyra+ faz parte da estratégia do Mercantil em fortalecer sua base tecnológica e de inovação, diversificando a oferta de produtos e serviços.

“Estamos muito otimistas em poder combinar essas soluções com a inteligência de crédito do banco para melhorarmos a nossa oferta e a experiência dos nossos clientes. É mais um passo para potencializar nossa atuação no Open Banking”, diz Gustavo Araújo, CEO do Mercantil, em nota.

Fundada em 2017 por Rodrigo Cabernite e Sergio Spieler, a Gyra+ é especializada na captura, processamento e análise de dados estruturados para tomada de decisão e oferta de crédito digital. A fintech também diz ser uma das pioneiras na ampliação do Open Finance.

“A plataforma high-tech tem como propósito simplificar e democratizar o crédito de forma inovadora e inteligente para micro e pequenas empresas”, diz o texto divulgado pelo Mercantil.

O banco cita, ainda, que o mercado de pequenos negócios no Brasil é dominado pelo público 50+. Conforme dados do Sebrae, quase metade (49%) dos 53 milhões de empreendedores do país têm mais de 50 anos. Esse segmento hoje corresponde a 75% da base total de 5,7 milhões de clientes do Mercantil.

Fundado em 1943 no interior de Minas Gerais, o banco é forte no pagamento de benefícios do INSS e no empréstimo consignado, que correspondem a mais de 70% dos R$ 10,3 bilhões da carteira de crédito, conforme os dados do terceiro trimestre deste ano.

Open Finance

O Mercantil foi aprovado recentemente como iniciador de transação de pagamento (ITP) no âmbito do Open Finance e lançou seu primeiro caso de uso da modalidade. Desde outubro, a instituição oferece o serviço de quitação de dívidas, usando o saldo que o cliente possuir em outras instituições financeiras.

“A grande evolução nos próximos seis meses, além de desenvolver tecnologia, é que o Open Finance se torne uma perspectiva real na vida do cliente. Então, os próximos passos são continuar gerando ‘awareness’ sobre o assunto para que o cliente tenha menos medo”, disse Felipe Boff, diretor de produtos, TI e inovação do banco, em entrevista ao Finsiders.

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