Dança das cadeiras na SMU: Diego Perez assume como CEO

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Diego Perez, atual presidente da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), acaba de assumir como CEO da SMU Investimentos, plataforma de crowdfunding, no lugar do também cofundador Rodrigo Carneiro, que agora se dedicará a novos produtos e soluções com foco no B2B.

“Com a revisão da regra que regulamenta o crowdfunding no Brasil, trazendo novas possibilidades para este mercado, meu objetivo como novo CEO da plataforma será o foco no desenvolvimento de novas funcionalidades tecnológicas e preparação da empresa para o novo marco regulatório da atividade no Brasil”, afirma Diego, em comunicado.

Graduado em direito com formação executiva em direito regulatório dos mercados financeiro e de capitais, Diego soma uma carreira com mais de 20 anos, incluindo passagens por empresas como Allianz e BASF, além de ter advogado em escritórios de direito empresarial e digital como Braga & Marafon Advogados e Peck Advogados.

No comunicado, a SMU diz, ainda, que a movimentação destaca a estratégia da empresa, com anúncios previstos para este semestre.

Nova regulação

A dança das cadeiras na SMU ocorre duas semanas depois que a nova regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para o crowdfunding de investimento entrou em vigor.

Entre outras mudanças, a Resolução CVM 88 possibilita que as plataformas possam atuar como intermediadores de transações subsequentes, o que na prática cria uma espécie de “mercado secundário” para a modalidade, embora as empresas não possam constituir tampouco administrar mercados organizados de valores mobiliários.

A SMU, como o leitor acompanhou em dezembro, foi aprovada no sandbox da CVM ao lado de Beegin, Basement e Vórtx. A fintech vai desenvolver um projeto com foco no secundário e, ao longo do período de testes, poderá fazer até dez listagens.

A CapTable, por exemplo, colocou no ar no início desta semana uma ferramenta em sua plataforma que funciona como um “mercado secundário”. Já a BEE4 — controlada pelo Grupo Solum, em parceria com a CIP e a Finchain — também fez sua estreia recentemente e funciona como um ambiente de negociação de ações para empresas com faturamento anual entre R$ 10 milhões e R$ 300 milhões.