Por Marilyn Hahn*, exclusivo para o Finsiders
Com a transformação digital cada vez mais presente no mundo corporativo e na rotina das pessoas, o gerenciamento de dados se tornou essencial para qualquer tomada de decisão ter embasamento e estratégia.
Um levantamento divulgado pela Techjury aponta que, até o fim de 2023, o mercado de big data deve atingir US$ 103 bilhões em investimentos. Por outro lado, gerenciar todas essas informações de maneira estratégica ainda é um desafio para 95% das empresas. Como resultado, cerca de 90% dos dados gerados atualmente não são estruturados.
O mesmo estudo revela que, para tentar contornar essas dificuldades e garantir a gestão mais efetiva das operações, 97% das organizações têm investido em big data e ferramentas de inteligência artificial (IA).
O ponto-chave é justamente utilizar esses bancos de informações de forma inteligente para gerar valor. Quando se fala em negócios com serviços de finanças, ou em um departamento financeiro, essa necessidade se multiplica. São inúmeros indicadores a serem analisados para observar a saúde do negócio. Possíveis oportunidades e a falta de uma solução ou de equipes focadas nesses pontos podem acabar gerando a subutilização dessas informações.
A boa notícia é que, atualmente, já existem no mercado soluções desenvolvidas para dar suporte ao ecossistema financeiro de ponta a ponta. Com a parceria certa, as organizações conseguem tomar decisões mais estratégicas, que contribuem diretamente para o sucesso e a expansão dos negócios.
No mesmo sentido, com uma boa análise de dados, pontos de atenção também são facilmente identificados, o que viabiliza intervenções ágeis para minimizar impactos negativos na operação. Além disso, esses dados podem ser usados, inclusive, para decisões sobre futuros investimentos, aberturas de novas empresas ou desenvolvimento de novos produtos e novas soluções, garantindo estabilidade e segurança para a área de atuação.
Soluções de banking as a service (BaaS), por exemplo, favorecem a aplicação de projetos personalizados, de acordo com a demanda de cada cliente e com a possibilidade de ganhos compartilhados de escala, em sistema ‘one-stop shop’.
Hoje, há opções para cartões, contas, Pix, sistemas antifraudes e plataformas transacionais, deixando o cliente livre para focar em suas próprias atividades. Por meio de gráficos e representações visuais, recomendações de pontos de melhoria e planos de ação, é possível extrair insights estratégicos e, assim, otimizar os dados da corporação a favor de sua evolução.
Existe um jargão conhecido na área de administração que diz: “Não se gerencia aquilo que não se mede”. Em outras palavras, é praticamente impossível para um gestor conseguir tomar decisões acertadas sem contar com uma base de dados sólida e confiável que vai gerar análises adequadas.
Por isso, essa cultura vem se transformando e cada vez mais empresas entendem a riqueza de cuidar de seus dados, usando estratégias e soluções para otimizar o processo decisório e adotar melhorias que ajudam a chegar a resultados mais satisfatórios.
*Marilyn Hahn é cofundadora e CRO do Bankly, plataforma de banking as a service (BaaS).
As opiniões neste espaço refletem a visão dos especialistas e executivos de mercado, e não a do Finsiders.
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