O transferbank, fintech de pagamentos e recebimentos internacionais, informa que no início deste ano o número de usuários cresceu 270% em relação ao mesmo período de 2022 e espera mais do que dobrar a base de clientes acumulada até então.
“Na prática e em um cenário conservador, pretendemos fazer em um ano o que fizemos nos últimos três anos”, afirmou Luiz Felipe Bazzo, CEO e cofundador do transferbank, em nota à imprensa. Com três anos de operação, a fintech já movimentou R$ 2,8 bilhões em aproximadamente 16 mil contratos.
Nos últimos anos, o transferbank também vem diversificando a atuação e o público-alvo. No início, a solução era destinada para importadores e exportadores de insumos e produtos finais, mas ao longo do tempo passou a ser utilizada por prestadores de serviços ao exterior, startups que receberam aportes de fora do país e fundos de venture capital.
Entre os seus clientes estão, por exemplo, fundos de venture capital como Caravela Capital, Honey Island, ACE, TM3 e Kapture, assim como as startups Bxblue, Omnichat, Diferente, Olist, Triven, James Delivery, BossaBox, Voll, Carreira Beuty, Nintx, Bipa.app, Sólidos, dentre outras.
No início de 2023, a fintech expandiu seus negócios, buscando levar soluções também para pessoas físicas (PFs), com ênfase no público de alta renda. De acordo com a empresa, o ticket médio hoje das operações está em torno de US$ 110 mil para pessoas jurídicas (PJs) e de US$ 65 mil no caso das PFs.
Novas frentes
Agora, a fintech diz estar focada na expansão de sua plataforma white-label de câmbio, frente de negócio que proporciona a corretoras de câmbio e empresas do setor oferecerem o serviço de transações internacionais para seus clientes. O transferbank mira, ainda, escritórios de assessores de investimento, disse Luiz em conversa recente com o Finsiders, sem revelar o pipeline nessa frente.
Além disso, também para 2023, a empresa anunciou a entrada no segmento de trade finance, visando ampliar as ofertas da carteira já existente. A solução traz novas opções de linhas de crédito, disponíveis para o financiamento de importação ou exportação, assim como proteção cambial.
Com novas parcerias no mercado, o transferbank também passou a oferecer serviços para quem recebe dinheiro do exterior, por meio do OnlyFans. Segundo a companhia, o produto piloto de ‘payout’ é destinado para brasileiros que precisam movimentar seus valores recebidos da plataforma, e mesmo em fase de testes, já conta com aproximadamente 250 influenciadores.
Os novos movimentos anunciados pelo transferbank ocorrem cerca de seis meses depois que a fintech divulgou uma rodada seed de R$ 4 milhões com empresários estratégicos do segmento bancário e de logística — os nomes não foram revelados. No captable, a empresa já tem os cofundadores do Ebanx, Alphonse Voigt e Wagner Ruiz.
Mercado
Em termos de concorrência, o transferbank encontra competidores de todos os lados. Em câmbio para startups e venture capital, por exemplo, um dos players é a Trace Finance. Já nas remessas internacionais de maneira geral, o nome mais forte é o da Remessa Online, comprada no fim de 2021 pelo próprio Ebanx.
Ao começar a atender pessoas físicas, a fintech também passa a enfrentar empresas como a Nomad — que adquiriu a Husky em novembro do ano passado.
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