Com BV e Nubank, passa de 20 o número de iniciadores aptos a operar no Open Finance

A quantidade de instituições aptas a operar como iniciadores de transação de pagamento (ITP) no Open Finance segue crescendo

(Reportagem atualizada em 20 de junho) A quantidade de instituições aptas a operar como iniciadores de transação de pagamento (ITP) no Open Finance segue crescendo. Na última semana, o banco BV passou a fazer desse grupo, conforme informou a Estrutura do Open Finance em comunicado. E nesta terça-feira (20), o Nubank também entrou para a lista.

Assim, chega a 21 o número de instituições habilitadas a atuar como ITP no âmbito do Open Finance. Além do BV e do Nubank, a relação inclui desde bancões como Bradesco, Banco do Brasil (BB) e Itaú Unibanco até fintechs e bancos digitais como Celcoin, Ebanx, Efí (antiga Gerencianet), Inter, Mercado Pago, PicPay, entre outros.

Os iniciadores de pagamento são uma modalidade de instituição de pagamento (IP), criada no âmbito do Open Finance e do Pix. Podem, como o próprio nome diz, iniciar uma transação com consentimento e autorização prévios do usuário final. Importante lembrar, então, que eles não detêm os recursos transferidos na prestação do serviço, tampouco gerenciam as contas de pagamento.

Os casos de uso dessa modalidade ainda estão em estágio inicial (com o perdão do trocadilho!) no Brasil. Nos próximos meses, a tendência é que os iniciadores de pagamento ganhem força com a entrada de mais players e a evolução das transações daqueles que já estão em operação.

Evolução

Para se ter uma ideia, há mais de 90 iniciadores cadastrados no Diretório Central do Open Finance, de acordo com relatório anual sobre o ecossistema. Contudo, apenas 20 estão, de fato, certificados e habilitados a operar.

Fonte: Banco Central

Além disso, as operações com Pix via ITP ainda são pouco representativas. Em maio, por exemplo, foram 132 mil de transações liquidadas no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI). Juntas, somaram R$ 45,6 milhões, de acordo com as estatísticas do Pix, publicadas no site do Banco Central.

Apesar disso, o uso do serviço tem crescido — o volume financeiro, por exemplo, aumentou 40% entre abril e maio deste ano. Na comparação com janeiro, a expansão foi de 82%.

“Estamos no começo desse fluxo porque tem toda a parte de tecnologia e integração com banco, e-commerce, sistemas, e isso demora. Além disso, há várias funcionalidades para serem lançadas em cima da iniciação de pagamentos”, analisa Marcelo Martins, CEO e cofundador da fintech Iniciador e diretor-executivo da ABFintechs.

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