Rafael Lanna, que até o ano passado era diretor de receitas da Ewally, é o novo advisor de banking da Zoop. A fintech especializada no mundo dos pagamentos agora quer alavancar sua área de banking as a service (BaaS).
“A Zoop já tem uma estratégia muito bem consolidada na parte de payments; meu papel agora é fazer com que a oferta de banking seja tão bem sucedida quanto”, disse Rafael.
O executivo, formado em tecnologia da informação em 1996 – apenas um ano depois do advento da internet comercial no Brasil – pivotou seu caminho, que inicialmente era muito técnico, para o comercial. “Passei por algumas grandes empresas que, para mim, foram escolas de negócios – entre elas a Dell, IBM e Oracle. Também fui empreendedor durante um tempo, e depois disso me apaixonei pelo mercado financeiro”, revela.
Antes da Ewally, Rafael havia atuado em outras instituições financeiras como o Intermedium (hoje Inter banco) e Bom Sucesso (hoje BS2). “O mercado financeiro esteve na linha marginal dessa minha carreira todo o tempo desde o início”, disse.
Cases
Rafael afirma que a Zoop já tem alguns cases de sucesso relevantes na área de BaaS. Um deles é o banco do iFood. Mas ele acredita que existem oportunidades para alcançar um mercado maior. A maneira de chegar lá é atender algumas agendas importantes para os diretores financeiros, que são os clientes finais da fintech.
“No caso do BaaS existe uma agenda regulatória que é prioritária para o Banco Central neste ano, o que certamente vai trazer algumas mudanças significativas”, diz.
“Os CFOs têm hoje grandes desafios. Eles vão desde volatilidade no mercado financeiro, churn de clientes, segurança dos investimentos até ao turn over de profissionais essenciais para o negócio. Minha missão é entender como o BaaS pode ser uma ferramenta importante para alcançar esses objetivos e ajudar o CFO a superar esses desafios”.
Rafael acredita que, ao atender esse tipo de agenda, estará ajudando a preparar a Zoop a atingir um faturamento de R$ 1 bilhão. “A expansão pode tanto vir da área de payments através de banking, ou pelo banking como plataforma para levar valor diferenciado de pagamentos a diversos mercados”, acredita.
Como exemplo de mercados alvo da Zoop atualmente, ele cita o de apostas esportivas, as bets, que também está sendo regulamentada. “Também estamos olhando com muito interesse para os mercados de valor agregado, como o banco dos restaurantes do iFood. A cadeia agregada dentro desses bancos de restaurantes traz um grande potencial de alavancagem da plataforma de BaaS. Como? Agregando serviços que possam beneficiar o consumidor final, o dono do restaurante… E não só através de payments, não só através de banking, mas também de remuneração, de melhoria dos serviços de serviços agregados na plataforma … Essa visão de maximização da proposta de valor da Zoop é hoje o meu principal desafio”.