Os bancos digitais ao redor do mundo captaram, no ano passado, um total de US$ 3,8 bilhões, queda de 65% em relação a 2022. A cifra foi a menor desde 2017, de acordo com levantamento do site C-Innovation a partir de dados da plataforma Dealroom. Para se ter uma ideia, o investimento nessas companhias chegou a atingir US$ 20,3 bilhões em 2021, e caiu quase pela metade (US$ 10,9 bi) no ano seguinte.
“Essa redução drástica pode ser atribuída a vários fatores, incluindo a queda de players-chave como SVB [Silicon Valley Bank] e First Republic Bank”, cita o site. “Os investidores, confrontados com a inflação persistente, políticas monetárias conservadoras e interrupções na cadeia de suprimentos, tornaram-se mais avessos ao risco”, complementa, em outro trecho.
Em contrapartida à redução no volume de aportes, o número de bancos digitais continua aumentando globalmente. Segundo a pesquisa realizada pela C-Innovation, a quantidade de empresas nesse segmento aumentou de 335 em 2022 para 357 no ano passado — 63 deles estão em países da América do Sul. O maior crescimento entre um ano e outro, porém, ocorreu na região da Ásia-Pacífico.
Conforme a análise do site, a tendência em 2024 é que novos bancos digitais surjam para preencher lacunas de mercado ou para atender determinados segmentos ou nichos. “O sucesso desses novatos dependerá de sua capacidade de se diferenciar em um mercado cada vez mais concorrido e de sua capacidade de se adaptar rapidamente a mudanças regulatórias e econômicas”, diz o levantamento.
Você pode se interessar também:
Os desafios e a resiliência dos bancos digitais mundo afora
Nubank e Inter são “vencedores claros” na corrida dos bancos digitais, diz Itaú BBA