Depois do Pix, vem aí o Drex, a moeda digital do BC

A solução de moeda digital criada e operada pelo Banco Central está em fase piloto e deve ser lançada ao público em geral no fim de 2024

O Banco Central (BC) anunciou nesta segunda-feira que sua moeda digital se chamará Drex. A solução brazuca de CBDC (sigla em inglês para moeda digital de banco central), até então denominada Real Digital, está em fase piloto e deverá ser lançada ao público em geral no fim de 2024.

Em nota, o órgão diz que a combinação de letras da palavra Drex forma uma palavra com “sonoridade forte e moderna”. As letras “d” e “r” fazem alusão à própria expressão Real Digital. Já o “e” remete a eletrônico. E o “x” passa a ideia de modernidade e conexão, com a utilização da tecnologia de DTL (registro distribuído). Assim, também dá continuidade à “família de soluções do BC” que começou com o Pix.

Conforme afirma o BC, o conceito visual do Drex tem como premissa o uso de tipografia e elementos gráficos que remetem ao universo digital. A marca se insere, ainda, no contexto da agenda de transformação tecnológica e regulatória capitaneada pelo BC, conhecida como Agenda BC#.

“Fazendo alusão a uma transação, as duas setas que se incluem no ‘d’ têm relação com a evolução do Real para o ambiente digital, reforçando o atributo da agilidade, e o uso das cores, numa transição de azul para verde claro, passa a mensagem de ‘transação concluída'”, explica a autoridade monetária, em nota.

Piloto

O Drex está atualmente em fase piloto, com participação de 16 consórcios. Ao todo, 100 instituições apresentaram projetos em diferentes segmentos do setor financeiro. Dessas, 36 propostas foram analisadas e o Comitê Executivo de Gestão (CEG) do projeto selecionou 16.

Nessa etapa, segundo o BC, serão testadas funcionalidades de privacidade e programabilidade por meio da implementação de um caso de uso específico – um protocolo de entrega contra pagamento (DvP) de título público federal entre clientes de instituições diferentes, além dos serviços que compõem essa transação.

Segundo o órgão, o Drex “propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores”.