Em 2013, o mercado de cartões de crédito e débito no Brasil somava um volume transacionado de R$ 850 bilhões, com crescimento na casa de 18%. Neste ano, a indústria de meios eletrônicos de pagamento deve atingir R$ 3,6 trilhões. A projeção é da Abecs, associação que representa mais de 90 instituições, de grandes bancos emissores a fintechs.
Na prática, o setor cresceu cerca de 4x nesse período de 10 anos. Atualmente, os pagamentos com cartões respondem por mais de um terço do PIB e quase 60% do consumo das famílias brasileiras. No total, existem no país mais de 21 milhões de máquinas e dispositivos de captura de transações.
“Ao longo do tempo, o que fez o sucesso desse setor foi ter transações com rapidez e segurança. Nossa briga sempre foi versus papel-moeda”, afirmou Giancarlo Greco, presidente da Abecs e CEO da Elo. O executivo falou na abertura de um evento promovido pela entidade, em Brasília, para celebrar a primeira década da lei 12.865, que regulamentou as atividades dos arranjos de pagamento e instituições de pagamento (IPs) no Brasil.
Economia digital
No evento — que contou com diretores do Banco Central (BC) e líderes de players do setor de pagamentos —, a Abecs destacou também a evolução das transações por aproximação. Hoje, essa modalidade corresponde a metade das compras presenciais com cartões no país.
Conhecida por ter como associados bandeiras, emissores e adquirentes, em sua maioria empresas tradicionais, a Abecs enfatizou em seu discurso que atualmente representa uma diversidade de companhias da indústria de cartões. “São de incumbentes a novos entrantes, passando por bancos digitais, de todos os segmentos e geografias. Não são só bancos sediados em São Paulo ou Brasília”, disse Ricardo de Barros Vieira, vice-presidente executivo da Abecs.
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