CREDIÁRIO DIGITAL

Fintech sueca Klarna pode fazer IPO de US$ 20 bi neste ano

Com prejuízo menor em 2023, a Klarna se prepara para estrear na bolsa norte-americana no 3º trimestre, diz reportagem

Imagem: Reprodução/site
Imagem: Reprodução/site

A fintech sueca Klarna, que popularizou o bom e velho crediário na gringa sob o nome pomposo de buy now, pay later (BNPL), estaria com planos de estrear na bolsa norte-americana em 2024, conforme fontes a par do assunto disseram à Bloomberg

Segundo a reportagem, a empresa mantém conversas com bancos para um IPO, em busca de um valor de mercado de US$ 20 bilhões. Ainda de acordo com essas fontes, a abertura de capital da Klarna deve ocorrer no terceiro trimestre, com potencial para ser uma das maiores listagens do ano. 

Caso os planos se concretizem, a fintech aumentaria em cerca de 3 vezes seu valuation de US$ 6,7 bilhões. Porém, ficaria bem distante dos US$ 45,6 bilhões que chegou a valer nos tempos de bonança, lá nos idos de 2021. Em meio à escalada dos juros e ao ‘inverno’ das startups, a empresa precisou aceitar um downround de 85% em sua última captação de recursos, em julho de 2022. 

Redução do ‘preju’

As especulações em torno de um possível IPO ocorrem num momento em que a fintech — que chegou a ser a mais valiosa da Europa — vem reduzindo as perdas. Nesta quarta-feira, 28/02, a empresa divulgou números consolidados de 2023, no que o CEO Sebastian Siemiatkowski chamou de ano de “primeiras vezes” para a companhia.

Em 2023, a Klarna diminuiu seu prejuízo líquido ao passo que as receitas aumentaram e os custos e perdas com crédito recuaram. A última linha do balanço ficou negativa em 2,54 bilhões de coroas suecas (equivalente a US$ 246 milhões), contra prejuízo de 10,44 bilhões de coroas suecas em 2022. 

Aposta em IA

Fundada em 2005, a Klarna soma mais de 150 milhões de consumidores ativos globalmente. Com atuação em 45 países, possui mais de 550 mil parceiros de varejo globais, de acordo com informações em seu site. 

Nesta semana, a empresa também anunciou o lançamento de um assistente virtual baseado na inteligência artificial (IA) generativa da OpenAI. Segundo a fintech, a ferramenta equivale ao trabalho de 700 pessoas, o mesmo número de funcionários demitidos em maio de 2022. A companhia estima, ainda, que o chatbot tem potencial para aumentar o resultado deste ano em US$ 40 milhões.