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O ano de 2021 está agitado com operações de M&A envolvendo fintechs, você e eu sabemos disso. E a tendência é que o número de M&As cresça mais de 50% este ano em relação a 2020. A estimativa é do Inside Fintech Report, do Distrito Dataminer, braço de inteligência de dados da empresa de inovação Distrito. No primeiro trimestre, foram apuradas oito fusões e aquisições.
O montante representa mais de um terço da quantidade de transações feitas durante todo o ano passado. Muitas operações não têm valores revelados, mas o maior deal divulgado este ano, segundo o Distrito, foi a compra da Konduto pela Boa Vista, no valor de US$ 29,6 milhões — e a Boa Vista está com apetite para mais, conforme noticiou o Finsiders. Outro destaque no ano foi a fusão entre a Rebel e a Geru, dando origem a Open Co, uma das maiores fintechs de crédito do Brasil.
Mas depois de aportes recordes feitos em janeiro e fevereiro, março foi um mês menos movimentado nesse sentido, com US$ 15 milhões investidos no setor, aponta o Distrito. O principal deal foi o aporte do fundo da XP Asset na Acqio, de US$ 8,6 milhões. Ainda assim, o trimestre fecha com mais de US$ 500 milhões de dólares investidos em 19 rodadas, um recorde para o período e o equivalente a um quarto do total investido durante todo o ano passado.
Fevereiro não teve Carnaval, mas foi um mês movimentado em deals, como o leitor do Finsiders acompanhou. Teve a Série C da RecargaPay, que levantou US$ 70 milhões em rodada liderada pela IDC Ventures e pela Fuel Venture Capital, com participação dos fundos ATW, LUN Partners e o corporate venture da Experian.
A Trademaster, especializada em soluções financeiras e de crédito B2B, recebeu um cheque de R$ 100 milhões do BV (ex-Banco Votorantim), que adquiriu uma participação minoritária no negócio. E a Monkey Exchange, marketplace de recebíveis, captou US$ 6 milhões em uma rodada de investimentos Série A, liderada pela Kinea, gestora do Itaú Unibanco, e pelo fundo americano Quona Capital (investidor de Creditas, Neon, BizCapital e Contabilizei).
Nas operações de M&A, a Locaweb comprou a Credisfera e a Dooca Commerce, adquirindo 100% de cada uma das empresas. Vale lembrar que, no início de janeiro, a companhia concluiu a compra da Vindi, plataforma de gestão de assinatura e pagamentos recorrentes, por R$ 180 milhões.
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No cenário internacional, mostra o relatório do Distrito, já foram investidos 2,5 vezes o valor do mesmo período em 2020 — um total de US$ 26,7 bilhões aportados. Já o número de deals diminuiu, totalizando 1.129, o que mostra que o setor está amadurecendo mundialmente. Isso porque aportes maiores são feitos, em menor quantidade, em empresas já desenvolvidas.
A base de dados do Distrito conta hoje com 1.021 fintechs, 542 investimentos e 60 aquisições mapeados. No mundo, já são mais de 117 mil fintechs, conforme o Crunchbase.
Quer acompanhar os aportes e as operações de M&A, com profundidade? Acesse a editoria “Cifras e deals” no site da Finsiders.
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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.
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