Após aquisições, BTG Pactual prepara novo follow-on

O BTG Pactual anunciou nesta quarta-feira (26) que está preparando um novo follow-on. Em fato relevante, o banco disse que a oferta pública será realizada “com esforços restritos de colocação, em volume, estrutura e condições similares aos de suas captações anteriores realizadas nos últimos  anos”. Ainda sem uma data para a efetivação, ela está sujeita, ainda, “às condições do mercado de capitais brasileiro e internacional e às aprovações societárias do BTG Pactual”, continua a nota.

Vale lembrar que em março, o BTG fechou a compra do consolidador de investimentos Kinvo por R$ 72 milhões, numa estratégia do banco para avançar no segmento de varejo de investimentos e, claramente, jogar mais pimenta na disputa com a XP (que comprou o Fliper no ano passado). Foi o terceiro deal envolvendo uma plataforma de consolidação de investimento e uma instituição de maior porte.

Já em abril, o BTG — que já tinha comprado a Nécton por R$ 348 milhões — anunciou a aquisição de 100% do capital da Fator Corretora, numa estratégia para reforçar o segmento de assessoria de investimentos.

A novidade acontece em um momento em que o BTG Pactual está prestes a anunciar a compra da Universa, que reúne a Empiricus, a gestora Vitreo e os sites MoneyTimes e Seu Dinheiro, conforme revelou o site NeoFeed. A Vitreo, inclusive, iniciou atividades de DTVM em maio do ano passado e hoje soma mais de R$ 10 bilhões sob custódia e mais de 55 fundos próprios, atendendo mais de 100 mil clientes.

Mercado de investimentos aquecido

No começo de abril, o Nubank recebeu o sinal verde do Banco Central (BC) para a compra da Easynvest, corretora digital com mais de 1,5 milhão de clientes e R$ 26 bilhões de ativos sob custódia, numa operação que tinha sido anunciada em setembro de 2020.

Outro player que vem se posicionando bem é a Magnetis, que recebeu um cheque de R$ 60 milhões em uma Série B no ano passado, liderada pela Redpoint eventures, com participação do Vostok Emerging Finance.

O Modalmais fez IPO em 30 de abril. No primeiro balanço de resultados depois da abertura de capital, o banco digital de investimentos informou ter atingido R$ 19,6 bilhões em ativos sob custódia (AuC) no primeiro trimestre, um incremento de 82,3% na comparação anual. Desse volume, R$ 11,1 bilhões estão no segmento de varejo. A base total encerrou março com aproximadamente 400 mil clientes ativos, de um total de quase 1,3 milhão cadastrados.

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