C6 e Neon estão no topo das startups em alta no Brasil, segundo LinkedIn

O time editorial do LinkedIn publicou uma pesquisa sobre o que você, leitor assíduo do Finsiders, já está bem ciente: a fintechzação não é somente uma moda do momento. Tanto que C6 Bank e Neon encabeçam a lista das dez empresas que mais se destacaram no último dentro da maior rede social profissional do mundo.

No Finsiders, as notícias sobre grandes movimentações neste mercado não param. Entre elas, estão contratações pelas startups financeiras de executivos do alto escalão – antes em instituições tradicionais até mesmo internacionais, crescimento exponencial da base de clientes em pouco tempo de atuação, além de negócios que incluem abertura de capital ou IPO.

O estudo do LinkedIn trata justamente disto. Considera insights da plataforma e quatro pilares: crescimento no número de funcionários, interesse por vagas, engajamento de usuários com a empresa e seus funcionários, além da atração de profissionais. Para esta última edição, a quarta divulgada, a base na análise de dados engloba os mais de 774 milhões de usuários da plataforma em operação no mundo todo.

No topo da lista, o C6 tem se movimentado bastante em todas essas frentes. Conforme noticiado com exclusividade pelo Finsiders, fontes afirmaram que o banco digital se prepara para lançar um produto de home equity em outubro. Mercado este que gira próximo de R$ 12 bilhões, mas tem potencial de injetar R$ 500 bilhões na economia, e vem atraindo mais e mais fintechs (vide Creditas, CashMe, CrediHome, LendMe e outras).

Fundado por ex-sócios do BTG Pactual em 2019, o C6 vem crescendo sua base de forma acelerada e agregando novos produtos e serviços à plataforma digital. Só nos primeiros cinco meses do ano, o crescimento de usuários do banco foi de 79%. Já bateu os 10 milhões de clientes, ao oferecer conta multimoeda, cartões de débito e crédito, programa de fidelidade, plataforma de investimento e crédito para pessoas físicas e jurídicas, entre outros serviços. Recentemente, anunciou ter chegado a todos os municípios brasileiros.

De forma semelhante está o segundo colocado da lista do LinkedIn, o Neon, que tem foco no microempreendedor individual (MEI), assim como nas pessoas físicas. Criada em 2016, já possui 15 milhões de clientes.

Recentemente, trouxe Jamil Saud Marques para time, no cargo de diretor financeiro. O executivo era CFO da Cogna e já teve passagens pelo banco suíço UBS, pela consultoria McKinsey e pela companhia de energia AES Brasil.

O fundador do Neon, Pedro Conrade, hoje no conselho da empresa, afirmou ao Finsiders no ano passado (quando já contava com 11 milhões de clientes) que o objetivo da instituição é concorrer com os maiores bancos do país. Internamente, o discurso é ser um ‘Banco do Brasil (BB) 2.0’, disse uma fonte. Somente de clientes ativos nos canais digitais do BB são 21,6 milhões, conforme último balanço divulgado pela instituição financeira pública.

Digitalizar a rotina

Claro que o momento ajuda as fintechs. Em comunicado, o LinkedIn ressalta que a pandemia trouxe mudanças, principalmente na rotina das pessoas físicas ou jurídicas, e muitos negócios tiveram que se reinventar para continuar atraindo investimentos, funcionários e novos clientes.

Para Rafael Kato, editor-chefe do LinkedIn para América Latina, os setores contemplados no ranking refletem o momento em que estamos vivendo. “Temos uma lista muito forte em inovação com o oferecimento de serviços digitais que foram reforçados pela necessidade do isolamento social causado pela pandemia, como serviços financeiros, negócios ligados à logística e frete com o fortalecimento dos e-commerces. Além disso, percebemos também a presença de companhias que disponibilizam produtos que fazem parte do dia a dia das pessoas, como banco digital e delivery de alimentos”, afirma, em nota.

Após C6 Bank e Neon, estão nesta sequência: Gupy (empresa de tecnologia para recursos humanos), Kestraa (gestão e operação de comércio exterior), Mandaê (serviço logístico para e-commerce), Loft (plataforma digital para compra e venda de imóveis), Dengo Chocolates (foodtech), DataSprints (soluções para análise de dados), Kovi (aluguel de carros) e Liv Up (foodtech de comida natural e mercado online).

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