Controlador do Mercado Bitcoin recebe novo aporte de US$ 50,3 milhões

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O Grupo 2TM, controlador do Mercado Bitcoin, anuncia novo aporte no valor de US$ 50,3 milhões. Este foi o second closing da Série B, iniciada em julho, liderada pelo SoftBank Latin America Fund, que investiu US$ 200 milhões na ocasião.

A operação acontece dez meses após a rodada Série A realizada em janeiro deste ano, liderada por GP Investimentos, e que contou também com os fundos Parallax Ventures; HS Investimentos; Évora; Genial e Gear Ventures.

Agora, nesta captação adicional, houve a entrada dos fundos americanos Tribe Capital e 10T, especialistas em blockchain — sendo que é a primeira vez que o 10T investe em uma companhia na América Latina. Ainda completam a rodada os brasileiros TC (antigo Traders Club), Pipo Capital e Endeavor (por meio de seu Scale Up Ventures Fund).

De acordo com a empresa, ambos os cheques permitem que a companhia se consolide como um dos poucos unicórnios cripto-native no mundo. E veio em um bom momento para o grupo, que se prepara sua expansão internacional, tendo México, Argentina, Chile e Colômbia como prioridades.

A empresa passou de 2 milhões de clientes em 2020, para atuais 3,2 milhões, em um cenário de maior apetite por ativos digitais também aqui no Brasil. Tanto que, de janeiro a outubro deste ano, a plataforma da empresa transacionou mais de R$ 40 bilhões em volume, o equivalente a duas vezes todo o volume realizado entre 2013, quando o Mercado Bitcoin foi fundado, e o fim de 2020.

Os resultados são frutos ainda de investimentos no ecossistema blockchain, como SL Tools e CERC, cuja intenção é aproximar com o mercado regulado. Há ainda as parcerias com o Itaú Unibanco para o desenvolvimento de tokens de recebíveis e com a Comerc Energia para lançar tokens de energia renovável.

O grupo conta também com aplicações focadas no ecossistema cripto e em NFTs, como Fingerprints DAO, Tropix, e Block4. E deve seguir na listagem de novos produtos.

“O plano é terminar o ano com 100 ativos disponíveis, com destaque para as criptos Cardano (ADA) e Solana (SOL), além dos fantokens de Corinthians e dos tokens baseados no mecanismo de solidariedade da FIFA do Santos e do Vasco”, diz Roberto Dagnoni, CEO da 2TM, em comunicado.

Mercado em alta

Dados divulgados em agosto pelo Portal do Bitcoin – parceiro do Finsiders – já dava conta do tamanho deste mercado e quanto que o órgão regulador está de olho. Tanto que o Banco Central incluiu pela primeira vez dados sobre importação e exportação de criptoativos nas estatísticas do setor externo.