Enquanto o mercado de cripto sofre alguns revezes (vide FTX e mais recentemente BlockFi), alguns players locais continuam se movimentando para ampliar portfólio e adicionar novas funcionalidades para os clientes. Entre eles, a Mynt, do BTG, e o PicPay. Leia a seguir esses e outros destaques no Radar do Finsiders:
Mynt, do BTG, lança transferência de cripto
A Mynt, plataforma de investimentos em criptoativos do BTG Pactual, lançou hoje a opção de os clientes fazerem a transferência de criptomoedas de outras plataformas para sua conta na Mynt, e vice-versa. As moedas disponíveis para esta modalidade são Bitcoin, Ether, Solana, Polkadot e Cardano, informou o banco.
“Em momentos de volatilidade e desafios no mercado, estamos trazendo uma novidade para descomplicar o investimento em cripto, em um ambiente seguro e confiável, com a solidez do BTG Pactual. Se você está inseguro com o mercado, essa é a hora de trazer segurança para as suas criptomoedas”, diz André Portilho, head de digital assets do BTG, em nota.
Conforme explica Marcel Monteiro, head de operações da Mynt, no mercado cripto, a forma de guardar as criptomoedas é um dos aspectos mais importantes para os investidores. “Estruturamos, desde o início, nossa plataforma com custódia própria por ser um importante diferencial de mercado e sobretudo algo fundamental para a segurança dos nossos clientes. Com essa novidade trazemos ainda mais transparência e confiança para nossas operações”, diz, no texto.
A Mynt foi lançada oficialmente pelo BTG em agosto, curiosamente no mesmo dia em que a concorrente XP colocou no ar sua plataforma Xtage. Em outubro, a Mynt ampliou a relação de criptomoedas disponíveis no aplicativo. Hoje, a plataforma disponibiliza investimento em Bitcoin, Ether, Polkadot, Cardano, Solana, USDC, Chainlink e Polygon.
PicPay amplia portfólio de cripto
Em mais um movimento para reforçar sua exchange de cripto, lançada há três meses, o PicPay acabou de liberar Bitcoin Cash (BCH) e Aave (AAVE). Com elas, a fintech passa a oferecer nove tokens em sua plataforma de negociação de criptomoedas. Além das duas novas, estão disponíveis Bitcoin (BTC), Ether (ETH), Pax Dollar (USDP), Litecoin (LTC), Polygon (MATIC), Uniswap (UNI) e Chainlink (LINK).
O Bitcoin Cash (BCH), uma bifurcação da rede Bitcoin, está entre as principais altcoins em capitalização de mercado. A Aave (AAVE), por sua vez, é a moeda nativa da plataforma descentralizada com o mesmo nome.
“Ampliar a diversificação da exchange do app é parte fundamental do nosso objetivo de democratizar o acesso das pessoas a esse mercado, em que ainda há muita complexidade. Quanto mais tokens seguros e fundamentados por casos de usos reais incluímos na nossa plataforma, mais contribuímos para dar autonomia aos nossos usuários”, diz Daniel Mandil, executivo que lidera a frente de cripto e Web3 no PicPay.
Com mais de 71 milhões de usuários registrados, sendo mais de 32 milhões de clientes ativos, o PicPay atua hoje em cinco frentes de negócio. Além de cripto e Web3, oferece serviços financeiros para PF; serviços financeiros para PJ; marketplace financeiro; e produtos e serviços não financeiros por meio da PicPay Store.
Apenas um terço das empresas conhece Pix parcelado
Uma pesquisa feita pela Boa Vista mostrou que apenas um terço das companhias dos setores de comércio, indústria e servios conhece o Pix parcelado, enquanto 85% delas nunca ouviram falar no BNPL, conhecido também como crediário digital. No comércio, está a maior taxa de conhecimento (35%) sobre o Pix parcelado — apesar disso, cerca de 88% dos comerciantes alegaram desconhecer o BNPL.
“Desde a implementação do Pix, em 2020, as tecnologias de pagamentos têm evoluído em ritmo acelerado. Dada essa velocidade, muitos setores da economia ainda não conhecem novas ferramentas e têm demonstrado resistência em sua adesão, muito por conta do desconhecimento dessas funcionalidades”, afirma Flávio Calife, economista da Boa Vista, em nota.
Ainda que desconhecido pelas empresas, o Pix parcelado está no radar dos negócios. Tanto é que a predisposição em disponibilizá-lo como uma das opções de pagamento para os clientes é bastante representativa, com 72% das menções. A maior taxa (74%) foi notada no comércio.
No caso do BNPL, pouco mais da metade (51%) das empresas ouvidas dizem que pretendem implementar a opção de pagamento. Os setores de comércio e serviços já registraram uma pequena taxa de uso do BNPL, com 2% das menções cada.
Conforme a pesquisa — realizada entre agosto e setembro deste ano com aproximadamente 467 respondentes pelo Brasil –, os meios de pagamento mais aceitos são Pix (83%), dinheiro (68%), cartão de débito (54%) e cartão de crédito (53%).
LendMe, de home equity, incorpora equipe da CredHub
A fintech LendMe, especializada em crédito com garantia em imóvel, começa a entrar em novos negócios. O primeiro passo, dado neste mês, foi incorporar a equipe de oito colaboradores e de 160 associados – agentes autônomos de produtos de crédito – da CredHub.
“Nosso plano de negócios previa a criação de uma rede de associados para distribuir os produtos, e a oportunidade da parceria com a CredHub foi providencial”, diz o CEO da LendMe, Elyseu Mardegan Jr., ao portal Fintechs Brasil, parceiro do Finsiders. “Sempre acreditamos muito nesse modelo”.
*A seção Radar publica uma curadoria de notícias curtas e relevantes sobre aportes, operações de M&A, parcerias, lançamento de soluções, entre outras novidades que interessam ao mercado de fintechs.
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