Por Pedro Santiago*, exclusivo para o Finsiders
As transações financeiras estão se tornando cada vez mais digitais à medida que a implementação da tecnologia avança. Embora isso traga uma série de vantagens, também apresenta desafios significativos para a segurança, especialmente quando se trata de fraudes. No entanto, existe uma luz no fim do túnel com a chegada da inteligência artificial (IA), que tem ajudado, e muito, a combater de forma eficaz diferentes tipos de operações fraudulentas.
Para quem ainda desconhece o potencial da IA, por meio dela é possível analisar grandes volumes de dados em tempo real, identificar padrões e fazer previsões. Essa capacidade é particularmente valiosa quando trazemos para o contexto das transações financeiras, onde as fraudes podem ser difíceis de serem detectadas e prevenidas. Ou seja, com o uso dessa tecnologia, os bancos e outras instituições financeiras podem automatizar a análise de dados e identificar atividades suspeitas de forma mais rápida e eficiente, se comparado com a análise manual.
Mas como isso funciona na prática? A verdade é que a inteligência artificial consegue analisar as movimentações financeiras em busca de padrões de comportamento incomuns, por exemplo, muitas transações realizadas em um curto período ou às ocorrem em locais ou dispositivos diferentes. Essas características podem ser indicativas de atividade fraudulenta e, quando identificadas, podem levar a um bloqueio imediato da operação.
Outra aplicação está relacionada com a prevenção futura com base em dados históricos. Ou seja, a IA pode avaliar as transações passadas em busca de padrões que possam indicar atividades fraudulentas no futuro. Por exemplo, se detectar que uma determinada conta bancária já foi usada para realizar várias transações fraudulentas, ela pode alertar a instituição financeira para monitorar de perto essa conta no futuro e, assim, bloquear novas tentativas de golpes.
Ainda assim, há outros índices que é necessário observar, como a análise de riscos. Esse ponto nada mais é que observar as informações pessoais dos usuários, como histórico de crédito, idade e localização geográfica, para determinar o nível de risco associado a uma determinada transação. Se ela chegar à conclusão que uma transação é de alto risco, o banco responsável pode tomar medidas adicionais para verificar a identidade do usuário e confirmar se a transação é legítima ou não.
Por fim, reforço que a aplicação de novas inovações no mercado financeiro é um caminho sem volta, ainda mais quando falamos sobre os benefícios que elas trazem para o combate às fraudes nas transações. Claro que ainda há muito do que evoluir, mas estamos entusiasmados com a construção até o momento e acredito que futuramente veremos novas tendências e ferramentas em prol da evolução e segurança no setor.
*Pedro Santiago é cofundador da Idez, fintech especializada em serviços financeiros para empresas.
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