Em criptoativos, a diferença entre o antídoto e o veneno é a dose, por Luciano Tavares

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Após alcançar sua máxima histórica em abril deste ano, o bitcoin causa preocupações e turbulência para os investidores agora. Nesta semana, a desvalorização acentuada ocorreu após alguns acontecimentos relacionados à moeda, como o comunicado pelo Twitter de Elon Musk, CEO da Tesla, afirmando que a fabricante não aceitaria mais pagamentos em bitcoin, além de um comunicado de autoridades chinesas reprimindo a mineração da moeda devido à alta volatilidade.

Mas afinal, é possível investir em criptoativos com segurança? Claro que sim. A diferença entre o antídoto e o veneno é a dose. E o segredo está em diversificar. A diversificação de investimentos é capaz de amenizar os movimentos bruscos do mercado, como esse que desvalorizou o bitcoin, e essa é a estratégia principal utilizada por gestoras que utilizam a automação a favor dos investimentos, mirando naquilo que realmente faz a diferença para os investidores: os seus objetivos.

Diversificando o desempenho de um ativo compensa o do outro, mantendo o equilíbrio a todo momento. O objetivo é maximizar o retorno da carteira sem exceder o nível de risco que o seu perfil suporta. O que isso significa? Que a gestão de risco não é necessariamente feita somente pela escolha do ativo que o investidor faz, mas também pela quantidade daquele ativo em cada carteira. É por isso que a porcentagem de criptoativos nas carteiras inteligentes e resilientes deve ser calculada minuciosamente para que, em momentos de queda, os efeitos sejam proporcionais ao risco desejado.

A baixa correlação dos criptoativos comparados aos demais ativos financeiros reforçam a nossa estratégia de diversificação, deixando a relação entre risco e retorno ainda melhor nas carteiras dos nossos clientes. Acredito na diversificação porque ela funciona, protege o  portfólio do investidor  e traz retornos mais acentuados ao longo do tempo. Quando o assunto é investimentos, é preciso aprender a dosar para obter o melhor resultado, e não transformar o antídoto em um veneno que poderá ser fatal. 

 

As opiniões neste espaço refletem a visão dos colunistas, e não a do Finsiders.

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Luciano Tavares é fundador e CEO da Magnetis, gestora digital de investimentos. Administrador de carteiras credenciado pela CVM e planejador financeiro CFP®️, tem mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro. Fundou a Nest Investimentos e foi VP da Merrill Lynch no Brasil

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