O novo consumidor B2B do mercado financeiro

O consumidor B2B da atualidade quer um conteúdo de alta qualidade, deseja reunir insights e estudar as soluções, escreve Renata Marini

Por Renata Marini*
A digitalização vem mudando os hábitos de consumo em todos os setores — no mercado financeiro, não é diferente. Essa mudança ganhou ainda mais força no cenário da pandemia, que nos obrigou a conquistar, em apenas alguns meses, avanços que teriam levado anos.

Uma pesquisa realizada pelo Finder mostra que 42,7% dos adultos entrevistados em 2022 possuem uma conta digital — um aumento de 10,7% em relação ao ano passado.

Com a alta dessa procura, surgiram outras demandas: onboarding digital eficiente, combate a fraudes, automação de processos, ferramentas que garantem segurança… Na Sinqia, trabalhamos constantemente no lançamento de soluções que atendessem a essas dores dos players do mercado financeiro.

Mas a verdade é que, assim como o cliente final mudou, o consumidor B2B também não é mais o mesmo. Com a digitalização, afinal, ele adquiriu novas necessidades e mudou seu comportamento de compra.

Renata Marini, head de marketing e comunicação da Sinqia (Foto: Divulgação/Sinqia)
Renata Marini, head de marketing e comunicação da Sinqia (Foto: Divulgação/Sinqia)

Ir atrás de um fornecedor de tecnologia ou esperar que um consultor de vendas entre em contato são práticas que estão caindo em desuso. O consumidor B2B da atualidade quer um conteúdo de alta qualidade, deseja reunir insights e estudar as soluções — antes mesmo de falar com a equipe de vendas. De acordo com uma pesquisa feita pelo Gartner, 43% dos clientes preferem ter uma experiência sem representante de vendas.

Por isso, o marketing deve trabalhar na geração de demanda: expandir sua audiência, construir autoridade e uma relação de confiança com potenciais clientes e gerar interesse por seu negócio — tudo isso resulta na geração de leads de qualidade.

De forma simplificada, podemos dizer que trabalhar na geração de demanda é, basicamente, educar a sua audiência sem esperar nada em troca — pelo menos, nenhuma troca imediata.

Trata-se de construir e firmar a imagem de sua marca e gerar ‘brand awareness’. Dessa forma, as instituições financeiras procurarão sua empresa fornecedora quando precisarem de uma solução eficiente.

Essa estratégia é eficaz, especialmente quando falamos do setor financeiro: com o surgimento acelerado de fintechs, é um mercado que tem alta competitividade e no qual a corrida na busca de soluções tecnológicas é cada vez mais acirrada.

A geração de demanda é desafiadora, porque não é uma estratégia que prevê ações específicas para vender uma ou outra solução. É um trabalho contínuo e consistente, que garante que a sua marca seja sempre lembrada pelos maiores players do mercado financeiro.

As opiniões neste espaço refletem a visão dos colunistas, e não a do Finsiders. O Finsiders não se responsabiliza pelas informações apresentadas pelo autor do texto.

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