BC aprova nova registradora SPC Grafeno; Adyen e Zapay são autorizadas como IP

Joint-venture entre SPC Brasil e Grafeno poderá registrar duplicatas, cédulas de crédito bancário (CCBs) e notas promissórias

A SPC Grafeno, joint-venture (JV) entre o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a techfin Grafeno, recebeu nesta semana autorização do Banco Central (BC) para operar como registradora de ativos financeiros. O aval é válido para registro de duplicatas mercantis e de serviços, cédulas de crédito bancário (CCBs) e notas promissórias. O controle societário da JV é 50/50 entre as duas empresas. 

O sinal verde do regulador vem quatro anos depois que a SPC Grafeno entrou com o pedido junto ao BC. A autorização chega, ainda, num momento de novas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que obrigaram os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) a registrarem seus recebíveis. Além disso, o BC trabalha na implementação das duplicatas escriturais. Atualmente, além da SPC Grafeno, existem quatro registradoras: Núclea (antiga CIP), CERC, B3 e Central de Registro de Direitos Creditórios (CRDC)

Com processamento 100% em cloud, usando a tecnologia da Amazon Web Services (AWS), a SPC Grafeno une a experiência no acompanhamento e análise de dados de crédito do SPC Brasil com a plataforma de infraestrutura bancária da Grafeno para investidores e empresas.

A nova companhia espera, no primeiro ano de funcionamento, registrar cerca de 1 milhão de duplicatas em operação e movimentar aproximadamente R$ 4 bilhões em valor transacionado. Estimativas do setor apontam que o mercado de recebíveis movimenta, em todos os segmentos, cerca de R$ 13 trilhões de reais anualmente.

Segundo Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil, a SPC Grafeno é uma empresa que tem o propósito de simplificar com segurança a infraestrutura do mercado financeiro. Já Tiago Leocadio, CTO da Grafeno, afirma que o novo negócio é uma peça fundamental na estratégia da companhia. 

Novas IPs

Também nesta semana, o BC autorizou o funcionamento de duas novas instituições de pagamento (IP): Adyen e Zapay. A relação de players com essa licença já passa de 110, de acordo com as informações disponíveis no site do órgão. 

Com 767,2 bilhões de euros em volume processado em 2022, a holandesa Adyen nasceu em 2006 e chegou ao Brasil em 2011. Com escritórios em todo o mundo, a empresa atende clientes como Uber, 99, Magazine Luiza, Dr. Consulta, Dafiti, Amaro, impactando mais de 50 milhões de consumidores somente no mercado brasileiro.


Agora, a Adyen passa a operar como IP. A licença vale para as modalidades emissor de moeda eletrônica (permite gerenciar contas pré-pagas), credenciador e iniciador de transação de pagamento (ITP). O capital social supera R$ 179 milhões, de acordo com a publicação no Diário Oficial da União.  

Já a fintech Zapay recebeu aval do BC para funcionar como IP na modalidade de iniciador de pagamento. Com capital social de R$ 6,8 milhões, o negócio tem como controladores Callebe Araújo de Medeiros Mendes, Victor Ribeiro Mac Mahon e Pedro Henrique Ferreira Vogado. 

Fundada em 2017, a Zapay é uma fintech com mais de 20 milhões de consultas realizadas entre o seu aplicativo e site. Entre as soluções permite, por exemplo, que motoristas de carros, motos e caminhões consultem débitos de trânsito e façam parcelamentos de multas, licenciamento e IPVA.

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