Cliente jovem de banco prioriza experiência ante segurança, diz pesquisa

Conforme levantamento da Mambu, apenas 7% dos respondentes brasileiros citaram o fator segurança como primordial ao escolher um banco

Clientes bancários entre 18 e 35 anos na América Latina acreditam que a experiência de uso é um fator mais importante do que a segurança ao escolher um banco. É o que mostra o quarto e último relatório de um estudo feito pela empresa alemã de core bancário Mambu, cujos dados foram divulgados com exclusividade ao Finsiders.

Conforme o levantamento — que ouviu 1.250 latinoamericanos (222 brasileiros) na faixa etária de 18 a 35 anos em seis países diferentes — apenas 7% dos respondentes brasileiros citaram o fator segurança como primordial. Esse item aparece atrás de outros como boa experiência de uso e facilidade (ambos com 23%), além de experiência rápida e sem burocracia (16%), ferramentas digitais (12%) e personalização (10%).

Na média entre os seis países pesquisados, os fatores mais listados pelos jovens clientes de banco foram as ferramentas digitais (23%), seguidas por personalização (18%), facilidade de uso (18%), rapidez e ausência de burocracia (16%). O item segurança aparece com 14%.

Na avaliação de Laércio Fogaça, head de engenharia de soluções da Mambu na América Latina, a conveniência é praticamente um requisito para os mais jovens escolherem um banco, um cenário ainda mais forte no Brasil. Não à toa, o país tem um dos ecossistemas de fintechs e neobanks mais desenvolvidos do mundo.

Fonte: Mambu

De acordo com a pesquisa, o atendimento personalizado se mostrou um fator mais importante para clientes de bancos tradicionais (19%) do que para quem usa neobanks (13%). Os adeptos da tradição também dão mais importância para a segurança do que os clientes de neobanks (14% contra 9%).

“Bancos e fintechs devem perceber que, à medida que os clientes mais jovens envelhecem, suas necessidades e prioridades também mudam. O que permanece, porém, é a demanda por produtos e serviços personalizados, feitos sob medida para cada cliente”, avalia Laércio.

A quarta parte do estudo mostra, ainda, que mais da metade (54%) dos ouvidos no Brasil citam um neobank como sua principal instituição financeira, ao contrário dos entrevistados dos demais mercados, que em sua maioria mencionaram bancos tradicionais. Além disso, 75% dos entrevistados em todos os países disseram estar satisfeitos com seu banco ou neobank.

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