VENTURE CAPITAL

"Gostamos de startups com margem bruta acima de 60%, como a fintech iugu", diz Thomas Bittar, da Indicator. Aperte o play!

A missão da Indicator é promover a convergência entre o sonho do empreendedor e o retorno financeiro para o investidor, diz fundador

https://youtube.com/watch?v=BpcKb7H4E_A%26t%3D1019s

Quer uma aula de como investir de forma sustentável em startups – fintechs incluídas? Nesta entrevista ao canal no Youtube do portal Fintechs Brasil, Thomas Bittar, co-fundador e general partner da gestora Indicator Capital, revela como aplicou as lições aprendidas em sua carreira em bancos de investimento ao mundo do venture capital. Focada em deep tech, a Indicator já investiu em 20 startups, entre elas as fintechs IOOU – vendida para o LetsBank em 2021 – e iugu.

“A missão da Indicator é promover a convergência entre o sonho do empreendedor e o retorno financeiro para o investidor”.

Uma das características em comum entre as investidas da Indicator é entregar margem bruta acima de 60%. “A gente gosta de founders que têm essa característica, sobreviver com geração própria de caixa. A gente tem essa disciplina, esse cacoete: observar se a startup está pronta para virar a chavinha e dar o breakeven, fazer a tal da aterrisagem forçada se for preciso”.

Internet das coisas + fintechs

A Indicator nasceu em 2014 e está seu no segundo fundo, lançado em maio de 2021, hoje com mais de R$ 300 milhões comprometidos. O foco é em Internet das Coisas (IoT) e conectividade. Oriundo da Parceria Público-Privada entre BNDES e Qualcomm Ventures (que tem na carteira investidas como 99 Taxis, Zoom, Quinto Andar e muitas outras famosas), o fundo atraiu investidores líderes de tecnologia como Banco do Brasil, Multilaser, Motorola, Lenovo e Telefônica Ventures/Vivo, por exemplo.

Bittar explica que cada vez mais as tecnologias vêm convergindo, e toda empresa que tem dados a explorar pode virar uma fintech. Para ele, a intersecção entre IoT e fintechs é natural. “O foco do Fundo 2 é em IoT, mas já investimos em algumas startups que têm um braço fintech também, como a Rúmina (que tem a solução Rúmina Cash) e a Infoprice“, diz Bittar. “E temos outras que estão no radar para serem investidas”.

Sem revelar nomes, Bittar adianta que a Indicator deve anunciar até o final do ano investimentos em mais cinco startups. O valor médio dos cheques da gestora é de R$ 12 milhões, mas antecipa que algumas delas podem receber mais. Segundo Bittar, até o final do ano que vem o Fundo 2 deve ter investido mais de 70% do total arrecadado de R$ 300 milhões.