SOLUÇÕES DIGITAIS

Idea Maker prevê atingir R$ 1 bilhão em transações neste ano e mira em novos mercados

Especializada em títulos de capitalização e filantropia premiável, empresa já desenvolveu mais de 20 aplicativos

Jorge Ramos, CEO da Idea Maker. Imagem: Divulgação
Jorge Ramos, CEO da Idea Maker. Imagem: Divulgação

Com mais de 20 aplicativos em seu portfólio, a Idea Maker se especializou em criar soluções digitais para títulos de capitalização, filantropia premiável e sorteios. Em 2023, a empresa movimentou mais de R$ 500 milhões e espera dobrar o volume neste ano, para R$ 1 bilhão. A ideia — com o perdão do trocadilho — é desenvolver produtos e serviços que complementem os apps. Outro plano é explorar novos nichos de mercado, como o registro de contratos para financiamento de veículos

“Desde o ano passado, estamos buscando diversificar nosso negócio para reduzir o risco de estar concentrado em um segmento que depende de regulamentação”, conta Jorge Ramos, CEO da Idea Maker. “Então, desenvolvemos um braço para atuar no registro de contratos de financiamento de veículos. Em 2024, o objetivo é investir para crescer nesse mercado.”

Batizada de Idea Bureau, a solução formaliza e registra junto aos Detrans a documentação veicular de cada financiamento. “O gravame é feito pela B3 e nós cuidamos do registro dos contratos”, explica Jorge. Segundo ele, a plataforma já está credenciada nos Detrans de São Paulo e Santa Catarina e aguarda aprovação em Minas Gerais. 

De acordo com o CEO, que assumiu o comando da empresa em 2020 depois de décadas na Embraer, os bancos e financeiras são o público-alvo desse produto. O primeiro cliente — um banco de médio porte –- entrará em operação em breve, diz Jorge, sem revelar o nome da instituição financeira. 

De olho nas apostas

Na mira da Idea Maker estão também as loterias, um filão de mercado que recentemente passou a ter uma nova regulamentação e até uma secretaria própria, a Secretaria de Prêmios e Apostas, em meio ao boom das apostas esportivas, conhecidas como ‘bets’

“Estamos olhando as loterias como uma possibilidade de negócio. É um mercado ao qual estamos atentos. Nosso objetivo é oferecer soluções de gestão, que pode ou não envolver gerir meios de pagamento. Tudo vai depender das licitações, que são estaduais”, explica Jorge.

Autorização do Banco Central

Conforme diz o CEO, um dos diferenciais da Idea Maker é a capacidade de integração e desenvolvimento de soluções modulares, inclusive no formato white-label (que leva a marca do cliente). Desde o ano passado, a empresa é uma instituição de pagamento (IP) regulada pelo Banco Central, na modalidade emissor de moeda eletrônica. Ou seja, pode gerir contas pré-pagas. “Temos Pix como meio de pagamento desde janeiro de 2021.”

Além do desenvolvimento e gestão de aplicativos de sorteio para outros negócios, a Idea Maker tem apps próprios de sorteio. Um deles é o H App do Bem, em parceria com o Hospital de Amor de Barretos (SP), especializado em tratamento de pacientes com câncer. Por meio do aplicativo, as pessoas fazem doações ao hospital e concorrem a prêmios. Nos últimos dois anos, a arrecadação somou mais de R$ 11 milhões.