iugu quer ser 'one-stop-shop' e vai lançar conta digital e cartão de débito

A iugu, plataforma de automação financeira para empresas, vai lançar uma conta digital em janeiro e um cartão de débito no primeiro trimestre de 2021, contou à Finsiders Romulo Pereira, diretor de produtos da fintech.iugu capta R$ 120 milhões (Crédito: Reprodução/site)

Ex-Gympass e banco BV, ele chegou à empresa em julho deste ano, como parte de um esforço da empresa em fortalecer seu quadro de executivos. Em outubro, a fintech também anunciou Renato Fairbanks Ribeiro como o novo CEO, conforme antecipou a Finsiders. No rearranjo, o sócio-fundador, Patrick Negri, assumiu como CTO.

“Depois da licença do BC [a empresa foi aprovada como IP], temos recursos e condições necessários para transformar nossa conta de pagamento em uma conta digital, que vai permitir transferências para outras titularidades, pagamentos de contas, Pix. Isso deve estar pronto até o fim de janeiro.”

Segundo ele, a conta digital que está sendo desenvolvida é parte de um projeto maior, que prevê a adição de diversas funcionalidades, como folha de pagamento, pagamento de fornecedores, conexão com ERPs. Para 2021, a ideia é incluir novos produtos e serviços de terceiros, num modelo de plataforma aberta.

“A inteligência que temos hoje para o cliente receber pagamentos vamos aplicar para o cliente fazer pagamentos. Queremos ser o ‘one-stop-shop’ para os nossos clientes.”

Outro projeto que já começou a ser desenvolvido é um cartão de débito corporativo, com previsão de lançamento no fim do primeiro trimestre, segundo Pereira. O modo de funcionamento será igual ao de um pré-pago, que só permite uso caso tenha saldo na conta.

Com cerca de 3 mil clientes diretos e 60 mil indiretos, que usam a plataforma white-label, a iugu processou R$ 6 bilhões em transações (volume total de pagamentos, ou TVP em inglês) em 2019. O executivo não abre o valor esperado para 2020, que ainda terá o efeito das vendas de Natal.

Em setembro, a fintech captou R$ 120 milhões em uma rodada liderada pela Goldman Sachs Merchant Banking, braço de private equity do banco de investimentos. Foi o primeiro investimento do banco americano em uma fintech no Brasil. A Finsiders noticiou no fim de agosto que a empresa estava prestes a fechar uma rodada de captação.

A rodada liderada pelo Goldman Sachs é a terceira da iugu desde que foi fundada, em 2012. A fintech captou outros R$ 12 milhões de fundos como Indicator Capital e o pool de investidores Smart Money Ventures, de Fábio Póvoa, fundador da Movile. Ambos acompanharam a nova rodada.