Startup OK.AI quer ser o braço direito das áreas de compliance das instituições financeiras "associando IA à inteligência humana", diz sócio

A OK.AI quer ser o “braço direito” das áreas de compliance das instituições financeiras, associado Inteligência Artificial à inteligência financeira. A mais nova empreitada de Eric Barreto, que é professor de contabilidade do Insper e também sócio da consultoria M2Msaber, veio para facilitar a tarefa de adequação às regras do setor e liberar os sócios para focar no negócio.

“Meu sócio Bruno Rodrigues e eu percebemos que as instituições financeiras que estavam nascendo precisavam focar no negócio. Há normatizações de contabilidade em diversas instâncias, uma complexidade gigante, e normalmente as startups tem um back office mais enxuto, em especial na área de compliance – então somos o braço direito, uma ferramenta para essa área”, diz Barreto nesta entrevista para o canal do portal Fintechs Brasil no Youtube.

O modelo de receita da OK.AI é a venda de assinaturas mensais – o valor varia em função da quantidade de usuários que cada cliente tem, e às vezes em função da complexidade também, em termos de quantidade de horas que demanda mensalmente.

A empresa mudou de nome no início de junho, embora estivesse em funcionamento já há uns três anos anos. Os sócios pretendiam fazer uma captação em 2022, que não foi um ano tão amigável para as startups que estavam buscando financiamento – então a OK vem trabalhando com recursos próprios.

“Como professor do Insper e consultor, estou muito a par da situação de diversas startups e sabia que se a gente fosse buscar investimento em um mercado retraído como esse iria perder valor. Talvez agora no segundo semestre de 2023 ou no início de 2024 a gente retome esse projeto”, diz. O objetivo para 2023 é ampliar a base de clientes em pelo menos 70%.

“Em vez dessas entidades acompanharem cada um desses normativos, entrarem todos os dias nas plataformas dos diversos reguladores, a OK.AI faz isso, usando robôs que passam o dia buscando e baixando novidades. “A IA destrincha as novidades, colocando em caixinhas, enviando aos clientes apenas o que interessa ao seu tipo de instituição. Também pode acontecer de um cliente de um segmento estar planejando criar algum outro tipo de instituição, e ele pode também acompanhar a normatização daquele outro tipo”.

Além de colocar essas normatizações em caixinhas separadas, a IA faz ainda uma interpretação, e resumos dessas normatizações – que são revisadas por um especialista humano do time. “Municiando os nossos clientes dessas informações, criamos conteúdos e textos mais didáticos do que a norma – isso inclui até vídeos falando sobre assuntos específicos e cursos a distância – e também oferecemos a possibilidade do cliente marcar de conversar com um especialista. A gente usa tecnologia aliada à inteligência humana”.