Dario Palhares
A fintech Aqui Pay!, braço da PJM Investments no nicho de meios de pagamento, está passando
formalmente a chegada ao mercado da Niky, que agregará um novo item ao leque de serviços de
sua antecessora, benefícios flexíveis na área de saúde. O leque de público nesse segmento,
adianta o diretor Matheus Rangel, se estenderá de microempreendedores individuais (MEIs) a
departamentos de recursos humanos (RHs) de empresas de menor porte, que contarão, entre
outros serviços, com um sistema de comparação de preços de planos de saúde. “Definida a opção
pelo cliente, providenciaremos a troca de operadora, plano ou mesmo da corretora, cuja
substituição, por vezes, costuma garantir reduções expressivas de gastos”, diz o executivo.
Além dos tradicionais planos de saúde, usualmente garantidos por empregadores a celetistas, a
Niky conta uma opção sob medida para profissionais autônomos que prestam serviços a
empresas. É a modalidade assistência saúde, que garante o acesso a uma cadeia de
estabelecimentos e profissionais da área sob o guarda-chuva da PJM Investments. “A rede, que
tem convênios com os principais nomes do varejo farmacêutico do país, está em expansão”, diz
A startup também planeja, claro, lançar mão na nova frente de negócios da sua expertise de seis
anos em bank as a service, que tem como principal feito a emissão mais de 2 milhões de cartões
de crédito pré-pagos no sistema white label. A ideia, de início, é incluir contas digitais e tarjetas
nos pacotes destinados aos futuros clientes no segmento. “Na sequência, pretendemos criar
outros produtos, como cartões de desconto, que viabilizem preços mais razoáveis em consultas
médicas, e linhas de crédito para cirurgias e tratamentos emergenciais”, observa Rangel.
Em fase final de desenvolvimento, o cardápio da Niky na área de saúde será submetido a seu
primeiro teste em agosto. Nessa etapa inaugural, os serviços serão colocados à disposição das 28
empresas do ecossistema da PJM – as 19 startups investidas pela casa e nove companhias que
são referências no setor de saúde, casos de Rede D’Or São Luiz e Qualicorp. “Depois dos testes
‘em casa’, a ideia é abrir as adesões para o mercado a partir de setembro”, revela Rangel.
O público-alvo, além dos MEIs, é composto, entre outros negócios, por redes de padarias,
supermercados e lojas de materiais de construção no interior do país. A contratação poderá ser
feita por meio eletrônico, mas, para melhor vender seu peixe, a fintech já cuida da montagem de
uma equipe especializada. “O time de vendas de bank as a service está sendo treinado para
ofertar os novos serviços. A meta é contar com cem vendedores em 12 meses”, diz Rangel.