INVESTIMENTOS

Invight, rede social financeira investida pelo BTG Pactual, chega ao fim

Segundo a companhia, que pretendia ganhar tração em 2024, fim das operações se deu por "motivos estratégicos de negócio"

Imagem: Divulgação
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Para este ano, a rede social financeira Invight se preparava para ganhar tração e monetizar com um produto mais robusto. No entanto, não vai rolar. Nesta quinta-feira (22), a companhia que tinha o BTG Pactual como investidor surpreendeu o mercado ao anunciar em suas redes o encerramento de suas atividades, depois de 1 ano e meio.

Surpreendeu exatamente pelo fato de não ter dado indícios de que o projeto ia mal ou que seria cancelado. Tanto que, no fim de novembro de 2023, o Invight realizou o seu primeiro evento. Na época, o objetivo foi divulgar o lançamento do Invight Rewards, programa de benefícios voltado para criadores de conteúdo.

“O Invight, rede de investimentos e educação financeira, lançado em julho de 2022, informa o mercado que, por motivos estratégicos de negócio, decidiu encerrar suas operações a partir de março de 2024”, diz o comunicado oficial da empresa sobre o fim das atividades.

Procurado pelo site Startups, o head do Invight, Pedro Cespi, preferiu não se pronunciar e dar mais detalhes sobre tal decisão. Uma fonte do BTG afirmou que “a plataforma foi avaliada sob muitos ângulos e chegou-se a conclusão que estrategicamente faria sentido encerrar durante o mês de março”.

Em uma página FAQ em seu site, que responde “perguntas mais frequentes”, o Invight reforça que, com o fim do projeto, não terá mais acesso à conta de investimentos de seus usuários. “Como o aplicativo será descontinuado e não haverá mais conexão entre ele e as corretoras, você não precisa se preocupar com qualquer acesso ou integração com sua conta de investimentos”.

Contexto

A rede social financeira se propunha a resolver uma lacuna existente entre as pessoas que têm dinheiro para investir, querem investir, mas não sabem como. Pelo aplicativo gratuito da startup, investidores iniciantes tinham acesso a um programa de educação financeira didático e lúdico. O conteúdo era baseado em vídeos curtos de creators independentes, com recomendações de compras ou vendas de ativos. Assim, o principal objetivo era democratizar o acesso da população à informação de qualidade, aprendendo a investir com autonomia.

Em julho do ano passado, quando o Startups noticiou a parceria do Invight com o Mercado Bitcoin, a rede social possuía mais de 100 mil usuários cadastrados. Na época, a exchange passou a permitir que os usuários acessassem serviços relacionados a ativos digitais e investissem em criptomoedas diretamente no Invight por meio da infraestrutura oferecida pelo MB.

*Conteúdo publicado originalmente no site parceiro Startups.