Puxado por subadquirentes, mercado de meios de pagamento cresce 28%

Um levantamento feito pela Klooks, startup de big data especializada em IA com mais de 35 mil CNPJs em sua base, aponta que o mercado de meios de pagamento no Brasil cresceu 28,3% em receita em 2019, na comparação com o ano anterior. O segmento de subadquirentes teve o maior avanço (71%), seguido por gateways (60%), cartões (20%) e adquirentes (10%). Os dados consideram 36 empresas no setor, com indicadores extraídos dos demonstrativos financeiros fechados de 2019.

Conforme o relatório, divulgado com exclusividade à Finsiders, a empresa com maior taxa de crescimento foi o PicPay, que viu a receita saltar 475% em 2019, ante o ano anterior. Em seguida, vem a Zoop, com um incremento de 428% na receita, na mesma base de comparação. Entre as adquirentes, a Adiq – empresa de adquirência do BS2 – aumentou a receita de R$ 272 mil para R$ 8,1 milhões, em igual período.

Crédito: Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay
Crédito: Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay

No intervalo analisado pela startup, as únicas empresas que tiveram queda na receita foram Cielo (-2,9%) e Rede (-21,63%). Tem a ver, sem dúvida, com a maior competição entre as credenciadoras. As concorrentes Stone e Getnet, por sua vez, tiveram incremento de receita de 13,72% e 8,08%, respectivamente.

“Ao longo dos últimos anos, acompanhamos a evolução dos meios de pagamentos e todas as soluções que movimentaram o mercado. O setor soube aproveitar o momento para inovar e assumir o protagonismo do mercado, que deve seguir como tendência nos próximos anos”, comenta Alexandre Abu-Jamra, CEO e fundador da Klooks.

Em 2020, o mercado de cartões no Brasil movimentou R$ 2 trilhões em 2020, com alta de 8% ante 2019, nas contas da Abecs, associação que representa empresas do setor de meios eletrônicos de pagamento. Conforme as projeções da entidade, as compras com cartões de crédito, débito e pré-pago devem ter um incremento entre 18% e 20% em 2021, para R$ 2,3 trilhões. O maior percentual de avanço deve vir dos pré-pagos, que devem movimentar o dobro em relação a 2020.