App Íon, do Itaú, passa a consolidar carteiras de investimentos

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O íon, aplicativo de investimentos do Itaú Unibanco — cujo lançamento foi noticiado em primeira mão pelo Finsiders em outubro do ano passado — está colocando no ar uma função de ‘agregador’ de investimentos. A nova atualização do app vai possibilitar a visualização, em um único painel, de até oito carteiras distintas, sejam elas de diferentes contas do Itaú, de outros bancos ou corretoras.

Em outras palavras, trata-se de um recurso de consolidação de carteiras e, claramente, uma estratégia do maior banco privado do país para não ficar para atrás na corrida do mercado de investimentos. 

A recente atualização do íon também disponibiliza produtos de corretora, permitindo que os usuários realizem operações de compra e venda de ativos de renda variável, por exemplo, pelo próprio aplicativo, como ações, BDRs, ETFs, dentre outros. 

“Queremos que o íon Itaú seja uma experiência em investimentos ao oferecer uma jornada completa aos usuários, incluindo recomendações adequadas para cada perfil de investidor e conteúdo constantemente atualizado”, afirma Carlos Constantini, diretor responsável pela área de gestão de recursos e membro do comitê executivo do Itaú Unibanco, em comunicado.

Claudio Sanches, diretor de produtos de investimento e previdência da instituição, reforça o ineditismo do agregador de investimentos como resultado de escutas feitas com clientes e o cuidado no trato com as informações financeiras dos usuários.

“Identificamos, por meio de pesquisas, que essa é uma demanda real de quem possui investimentos alocados em diferentes instituições. Com o agregador disponibilizado no íon, estamos trazendo essa solução para facilitar a gestão de investimentos para as pessoas. Todos os dados do íon trafegam com comunicação criptografada e seguem o mesmo padrão de segurança dos demais canais do Itaú.”

Os usuários do íon que são correntistas do banco conseguem fazer movimentações em suas alocações em produtos do Itaú diretamente pelo aplicativo. Essa função, por enquanto, não se aplica às carteiras de outras instituições financeiras visualizadas no agregador, mas existem diversos produtos de investimento de outras gestoras disponíveis para contratação na plataforma.

O movimento do Itaú ocorre num momento em que cresce a competição no mercado de investimentos. Em vez de construir dentro de casa, alguns concorrentes têm preferido comprar. A XP, por exemplo, adquiriu o consolidador de investimentos Fliper no ano passado. Este ano, foi a vez de o BTG Pactual comprar o Kinvo e, depois, a Universa (dona da Empiricus, da Vitreo e do Real Valor)

Em junho, a Toro Investimentos, plataforma de investimentos comprada pelo Santander em 2020, anunciou também a aquisição de duas empresas para complementar o seu portfólio e ampliar a atuação pelo país. Os alvos foram o gerenciador financeiro Mobills, de Fortaleza, e a Monetus, um robo-advisor criado em BH.

No início do ano, a Easynvest anunciou a compra da gestora Vérios, fintech que atua no modelo de investimento automatizado e também acaba competindo com Magnetis e Monetus. No início de junho, a corretora passou a se chamar Easynvest By Nubank depois da integração com o banco digital. 

O modalmais, que captou R$ 1,2 bilhão com seu IPO de units na B3 em abril, também tem ido às compras. No início de abril, divulgou duas aquisições: a Refinaria de Dados, startup de análises de dados, e a Carteira Global, plataforma de gerenciamento de consolidação de carteiras de investimentos com foco no open finance. Também este ano, comprou a casa de análises Eleven Financial, a escola de treinamento de assessores Proseek e o hub de inovação Ela Vence, de Camila Farani.

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Redação: Conteúdos produzidos pela equipe de jornalistas do Finsiders,
além de artigos de executivos do setor

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